sexta-feira, 13 de novembro de 2009

V – Comentários dos eps. 1x01 e 1x02


Eps. 1x01 “Pilot” e 1x02 “There is No Normal Anymore
(Exibidos nos dias 03/11/2009 e 10/11/2009 nos EUA)


Releitura de uma minissérie/série dos anos 80 de mesmo nome, “V” chegou à tv aberta americana com duas grandes responsabilidades: atualizar a história sobre a chegada de alienígenas à Terra e imprimir um subtexto crítico tão interessante quanto o da original. Obviamente, a missão não é nada simples, afinal, como explorar algo que por si só já não é mais novidade nessa indústria (ETs na Terra) e por tabela convencer o grande público a investir numa história carregada de elementos sci fi, um gênero geralmente visto com tanto preconceito?

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    A resposta começou a ser dada no dia 3 de novembro quando o episódio Piloto de V foi exibido trazendo não só um belo espetáculo visual que não deve nada às grandes produções do cimema, mas também personagens que guardam semelhanças com os da produção original ainda que deixem claro ter influências e características mais atuais e até certo ponto mais interessantes também.

    Abrindo mão de construir uma metáfora que coloca os Visitantes (nome que os alienígenas ganham) como um reflexo do fascismo, algo que a produção original criada por Kenneth Johnson fez na década de 80, a releitura de V comandada por Scott Peters (The 4400) investe numa representação mais plausível pros dias de hoje: o poder que uma civilização muito mais avançada e com discurso aparentemente pacífico pode exercer nas mentes de milhares cercados pela incerteza e pela sombra do caos.


    Nesse panorama, é o tom conspiratório que ganha destaque, sobretudo na medida em que se estabeleça uma batalha psicológica e de intensa manipulação perpetrada pela (des)informação, um elemento que sem qualquer dúvida ganha foco através do ambicioso jornalista Chad Decker (Scott Wolf, de Everwood). Assim, não é por acaso que a agente Erica Evans (Elizabeth Mitchell, a Juliet de Lost) diz ao padre Jack (Joel Gretsch, o Tom de The 4400) à certa altura do Piloto que os Visitantes tem nas mãos a mais poderosa das armas: a devoção.

    Ainda sobre personagens e comparações, é inegável não notar os paralelos de alguns com os da série original. O filho de Erica, Tyler Evans, por exemplo, é nessa releitura uma mescla de Robin Maxwell (filha de um cientista que se envolve com um V de quem acaba grávida) e Daniel Bernstein (um jovem que se volta contra os humanos atuando como voluntário dos Vs), enquanto Ryan é a nova versão de Brian, o V que irá se rebelar contra seu próprio povo ao lado da resistência. Já Anna (a brasileira Morena Baccarin de Firefly) segue o mesmo estilo da Diana da original, equilibrando um tom tão ameaçador quanto charmoso para a vilã da trama. Por sua vez, Erica e Jack (como os americanos adoram personagens com esse nome, não?) são as versões atualizadas dos marcantes Juliet e Mike da original.

    Com apenas dois episódios, ainda é cedo para dizer se V irá se consolidar como uma das boas séries novas da temporada, mas salvo um clichêzinho aqui e outro ali, é inegável que a produção tem muito mais méritos do que equívocos. Dito isso, julgando por este início, se a grande conspiração for traduzida num embate global interessante que coloca fé e razão sob foco principalmente nas figuras de Erica e Jack, e o suspense for bem construído em cima do desenvolvimento de personagens e da identidade de quem pode ou não ser um Visitante, dá para dizer que teremos uma bela série pela frente.

15 comentários:

  1. Olá pessoal, estava esperando o comentário de vocês sobre a estréia de "V" !!! Achei que a melhor idéia dos produtores na adaptação do novo seriado, foi a de implantar "visitantes" vivendo entre nós a muito tempo. Isso não tinha na série antiga e é fundamental para manter os mistérios e as surpresas.

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  2. Bom como eu disse no post do FF, eu gostei muito de V, não tinha expectativa nehuma de ver essa série. Espero que os próximos eps sejam ótimos quanto os 2 primeiros foram =]
    Davi vc falou de preconceito que o público em geral tem com estórias sci fi e com ets, e eu vou dizer que eu era umas dessas pessoas, + Depois de começar a ver Lost, e Fringe mudei meu conceito totalmente =]

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  3. Não querendo fazer comparações, mas já fazendo, "V" em apenas 2 episódios cumpriu mais do que FlashForward em 8 episódios...

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  4. Quer dizer que Juliet faz uma personagem chamada Erica que no original se chamava Juliet? o.O

    Ainda não assisti V, e pra ser sincera sou uma das pessoas que tem preconceito com histórias de ETs (culpa de Arquivo X), mas vou tentar dar uma chance pra a série e assistir uns episódios quando ficar de férias.

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  5. como eu faço pra assistir v.....
    meu email é edsonkorreia@ig.com.br

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  6. Muito bom esses episódios, tudo muito rápido o desenrolar da história parecia um furacão de acontecimentos, assim que eu gosto... ainda mais que eu ja to cansado de série de misterios.. com excessão de lost!!!! continuem assim...

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  7. V não está nos meu planos para esta temporada, mas baixei os dois episódios. Não conheço a série original, mas gostei dos dois episódios que saíram.

    Mesmo tendo gostado do último episódio de FF, estou um pouco desanimado. Quem sabe V não fica no lugar. :)

    Enquanto Losta não retorna, vamos nos virando...

    Valeu.

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  8. Gostei! Mas ainda é cedo para maiores definições...

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  9. para mim só com esses dois episodios já tomou o lugar de FF como a melhor serie novata de 2009

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  10. Quando vi os primeiros episódios da série original, abandonei.

    Não por ser meio tosco. Isso até daria pra relevar, por causa da época e tal. O pior pra mim era a visão extremamente simplista dos fatos. Quando começaram a difamar "os cientistas" me pareceu historinha de criança... muito bobo.

    Até vou dar uma chance pra esse remake. Mas se vier com simplificações idiotas como o original, tô fora...

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  11. O episódio de House desta segunda não tem como passar batido, não é Davi? Os boatos sobre o destino da Dra. Cameron se confirmaram...

    Valeu.

    Abraço.

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  12. Assisti só o primeiro capítulo e achei tudo muito clichêzento. Das relações entre personagens aos diálogos. =/

    Confesso que gostei de ver o braço do agente dilacerado.

    Mas nunca imaginei que, depois de ouvir durante anos sobre reptilianos, meu primeiro contato visual fosse me desapontar =P

    Quanto à temporada, House, TBBT, Heroes, por invreça que parível, e Fringe de vez em quando estão salvando pra mim.

    Enfim... ainda à procura do novo LOST, com estréia programada para 02/02 aeeee \o/

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  13. Davi, comecei a acompanhar V, gostei atende ao que propÔs, nada muito dificil, mas diverte, prendi. Não consegui identificar ao certo quais são os clichês, poderia me falar?


    Queria lhe dar uma ideia pra fazer um post: Um top maiores clichês das séries americanas.

    Iria ser legar!

    PS: Caramba, parece que americano só conhece esse nome, são incontaveis os Jack's heróis que eu conheço.

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  14. Gih, para mim o maior clichê de V é simplificar a trama sem nem tentar conferir qualquer complexidade aos personagens. Ou se é vilão ou se é mocinho na trama. Não há meio termo. A favor desse remake só mesmo o fato de não ter vergonha de ser rasteira no desenvolvimento de seus personagens e se concentrar exclusivamente nos eventos da conspiração. Talvez seja por isso que a série tenha se sustentado, o que não é um demérito decisivo.

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  15. Concordo, Davi. A série é bem divertida, mas oq vc falou é verdade. Se bem que não vejo taaaanto maniqueismo assim em V. POdiam desenvolver mais, lógico. Mas grande parte dos personagens tendem a fazer coisas "boas" e "ruins" como qualquer ser humano, por isso acho que não fica tãaaaao maniqueista assim.

    Davi posso sugerir uma coisa? Por que vcs não fazem um top maiores cliches da tv americana em geral. Acho que ia ser legal.

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