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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Globo x Record - Maysa ou A Lei e o Crime?

Quem ganhou a disputa de ontem? A estréia da minissérie Maysa ou a da série policial A Lei e o Crime?


Indo direto ao ponto, gostei de Maysa. Embora não escape do tom novelesco exagerado em certos momentos, a minissérie, que terá 9 capítulos, conta com uma narrativa diferenciada, que foge da tradicional ordem cronológica para mostrar várias fases da vida da cantora numa ordem não definida. O efeito disso é que o público se sente convidado a ir montando o quadro geral de quem foi ela. Assim, quando a história começa, já a vemos na reta final da carreira colhendo os reveses que seu temperamento explosivo e sua dependência ao álcool lhe trouxeram e, em seguida, voltamos no tempo para ver alguns momentos felizes de sua união com o rico industrial paulistano André Matarazzo, o início de sua carreira, o sucesso, as brigas com o marido e no meio disso - com direito a imagens tratadas digitalmente -, o acidente de carro na Ponte Rio- Niterói que acabou vitimando-a aos 40 anos.

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    Escrita por Manoel Carlos, Maysa foi dirigida por Jayme Monjardim - filho único da cantora - e que como a produção mostrará, teve sérios problemas de relacionamento com a mãe por se sentir relegado a segundo plano em função da carreira dela. Óbvio que não posso afirmar com 100% de certeza, mas fico imaginando que esse trabalho tenha funcionado para ele como uma espécie de terapia para lidar com fantasmas do passado. Seja lá como for, o que vale destacar é que a produção é bastante caprichada e que o elenco é bem consistente, com destaque para Eduardo Semerjian (André Matarazzo), e claro, para a novata Larissa Maciel que além de ser realmente parecida com Maysa, empresta à personagem ao mesmo tempo uma energia contagiante e um ar de melancolia que convence e nos envolve na história. Maysa não é excelente, mas como produção biográfica, está facilmente acima da média.

    A Lei e o Crime...


    Bem, de cara digo que foi um balde de água-fria. De uma maneira geral a série é um conjunto de boas idéias executadas de forma ruim. E não digo isso porque queria ver uma cópia nacional de série policial americana - até porque a temática não permitiria isso -, mas sim porque o conceito de explorar a complexidade entre o bem e o mal e a linha tênue que os dividem entre a lei e o crime (o mote da série) perde a força ao dar mais espaço para cenas totalmente telegrafadas (Nando matando o sogro, Romero matando a família do Nando, a 'tomada' do morro) e que não conseguiram, apesar da boa execução coreográfica, imprimir a tensão necessária. Fora isso, as atuações de grande parte do elenco são desastrosas (talvez em função de uma direção equivocada). Há exageros demais, a cena em que Nando vai contar à esposa que matou o sogro , por exemplo, não teve apelo nenhum, já que mesmo antes de fazê-lo, Olivia (a personagem de Raquel Nunes) já fazia caras e bocas até o ponto em que os dois se beijam como se nada tivesse acontecido, para mais tarde aparecer chorando de novo no velório do pai. Já Caio Junqueira, que aparecera tão bem em Tropa de Elite, aqui surge apenas como uma cópia carbono do estereótipo do mau policial com pinta de miliciano, que faz justiça com as próprias mãos (ele é Romero, irmão violento de Olivia, esposa de Nando).

    Não serei injusto a ponto de dizer que a série é uma porcaria completa - Ângelo Paes Leme (Nando) e Francisca Queiroz (Catarina) se salvam e convencem em seus papéis -, mas para uma produção que faz alarde por gastar R$500 mil por episódio (serão 16 no total) eu esperava um texto melhor de Marcilio Moraes e muito mais ação cerebral e menos coreografia com tiroteios sem graça temperados com uma trilha sonora irritantemente chata.

    Não tenho dúvidas de que a série trará um relativo sucesso de audiência para a Record, que inclusive merece os parabéns por pelo menos tentar fazer algo diferente. Contudo, fica claro (pelo menos para mim) que esse sucesso será fruto da quase total falta de parâmetros de comparação de grande parte da população no que tange ao gênero policial, o que infelizmente é uma pena e um desperdício de uma boa idéia que poderia render discussões realmente interessantes. Será que melhora nos próximos episódios? Temo que não.


Links para os sites oficiais
Maysa
A Lei e o Crime

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Record começa a gravar série policial 'A Lei e o Crime'


Já dizia o ditado: quem não tem cão caça com gato. Como não conseguiu transformar Tropa de Elite em série de tv, a Record resolveu investir na produção de outra série policial chamada "A Lei e o Crime". Duas semanas atrás, o Poltrona publicou uma matéria sobre a série destacando que a temática se concentrará no universo do tráfico de drogas, da polícia e dos políticos corruptos, mas a proposta não vai parar por aí. A história começa com Nando (Ângelo Paes Leme), um cara que se esconde numa favela depois de matar o sogro, provocando a ira de seu cunhado, o policial corrupto Romero (Caio Junqueira, o Neto de Tropa de Elite). Na favela, Nando acaba se tornando o grande chefão do tráfico local e tem sob seu comando, homens cruéis como Valdo e Tião Meleca (não me perguntem porque escolheram um 'sobrenome' tão ruim para um bandidão), vivido pelo ator André Ramiro, o Mathias de Tropa de Elite.

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    Nesse universo, conheceremos ainda a delegada Catarina (Francisca Queiroz), uma mulher idealista e muito honesta que enfrentará grandes dilemas morais por conta do assassinato de seu pai por Nando. É justamente através dela que "A Lei e o Crime" pretende evidenciar quão tênue pode ser a linha que separa esses dois caminhos. "Ao contrário de Romero, que persegue Nando por vingança, ela é muito ética e não cruza a fronteira da lei", diz a atriz.

    Com 16 episódios programados, A Lei e o Crime estreará em janeiro. A série é escrita por Marcílio Moraes e será dirigida por Alexandre Avancini, que já começou os trabalhos ontem na favela Tavares Bastos, que serviu de cenário para algumas cenas da novela Vidas Opostas e também para o recente O Incrível Hulk, filme com Edward Norton. Será que vai sair alguma coisa boa dessa série? Motivos para ficar com o pé atrás não faltam, mas confesso que tô bastante curioso para ver o resultado, e você?