Episódio exibido no canal americano CW em 9 de setembro
E depois de um início bem razoável, lá fui eu conferir o terceiro episódio de 90210. Admito que esse Lucky Strike foi até divertido, mas o simples fato de ter passado boa parte do tempo olhando no relógio para saber quanto faltava para terminar já não era um bom sinal. A verdade é que 90210 ainda não apresentou elementos suficientes que me prendam e a justificativa talvez ainda recaia sobre o que eu disse no comentário da estréia quando fiz referência à falta identidade da produção. Esse terceiro episódio também acabou chamando minha atenção negativamente para o trabalho da atriz Shenae Grimes que faz a protagonista Annie Wilson. Grimes infelizmente - pelo menos até aqui - tem se preocupado mais em fazer caras e bocas do que em conferir algum peso dramático à sua personagem. E sim, eu sei que essa é uma série teen onde esse aspecto geralmente passa despercebido mas basta comparar Annie com a Amy Jurgens de The Secret Life of the American Teenager para notar a imensa diferença. E se ainda não dá para fazer elogios, tenho que ser justo e reconhecer que há algumas subtramas que prometem render ao longo dos próximos episódios. Os dois principais exemplos ficam por conta da reaparição da problemática Jackie Taylor que após uma discussão com as filhas Kelly e Erin Silver, as expulsa de sua casa, e o arco dramático que envolverá Naomi depois da descoberta de que a realidade em sua família traz uma felicidade que não passa de fachada.
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Ainda sobre a série, vale destacar que Shannon Doherty só deve aparecer em mais 3 episódios (embora exista possibilidade dela fazer outros depois) enquanto Jennie Garth já extendeu seu compromisso com a produção por mais 5 episódios além dos 6 que já havia inicialmente concordado em fazer. Será que a produção da série vai correr atrás de Tori Spelling para convencê-la a preencher a vaga de Doherty? E os personagens masculinos da série clássica, aparecerão ou não? Difícil prever mas como a Juliana sugeriu comentando comigo, é provável que o primeiro dos dois (Jason Priestley, o Brandon e Luke Perry, o Dylan) que concordar em participar de 90210 provavelmente será revelado como sendo o pai do filho de Kelly.
A estréia da péssima Do Not Disturb
Episódio exibido no canal Fox americano em 10 de setembro
Se na temporada anterior tivemos a péssima Caveman, a temporada 2008/2009 já tem uma forte candidata a pior série nova. Do Not Disturb tem tudo o que uma comédia que almeja algum espaço deveria evitar. Em primeiro lugar, ela é totalmente sem graça e tenta forçar o riso sem qualquer sucesso. Fora isso, a série é exageradamente sexista, tem personagens esteriotipados demais como a gordinha inteligente, o gay que quer provar alguma coisa, a loira bonita mas burra e por aí vai... E para complicar ainda mais a situação, Jerry O'Connel parece não ter aprendido a lição com Carpoolers e mais uma vez força a barra fazendo um personagem que não tem carisma nenhum, o que por si só seria suficiente para condenar a série, já que seu personagem é um dos principais da produção. Porém o que me espantou ainda mais nesse turbilhão de equívocos foi ver o nome de Jason Bateman (Arrested Development) como diretor do piloto exibido na estréia oficial na tv americana que aliás, substitui o episódio vazado em junho e que não era menos ruim. Do Not Disturb se passa num hotel, mas a certeza que surgequando o episódio termina é que humor e criatividade são coisas que definitivamente nunca se hospederam por lá.
Privileged - Ep. Piloto
Episódio exibido no canal americano CW em 9 de setembro
Vou direto ao ponto sobre mais essa nova série teen do CW. Privileged é boa, diverte, mas na minha opinião não deve ter muito futuro. Faltou alguma coisa para que eu comprasse aquela idéia de uma mulher rica e poderosa que em pleno século 21 contrata uma pessoa para dar um 'jeito' nas netas rebeldes órfãs de pai e mãe, e mais ainda com a idéia de que a contratada fosse apenas poucos anos mais velha que elas. Não li o livro (How To Teach Filthy Rich Girls) que inspirou a série, portanto não sei se a situação se repete na obra, mas seja lá como for, tenho dúvidas que a série tenha gás para explorar essa história. Sobre os personagens, a novata Joanna Garcia dá mostras de carisma e transforma sua personagem Megan Smith numa figura bem simpática, enquanto a veterana Anne Archer aparece muito bem como Laurel Limoges, a ricaça de um império de cosméticos que a contrata. As netas por sua vez, não brilham mas tão pouco comprometem. Além disso, Privileged consegue aguçar a curiosidade de se ver alguém sem rumo ganhando da noite pro dia a oportunidade de viver num mundo de sonhos cheio de luxos e facilidades. E se ainda não vi nenhum grande destaque na trama - tirando talvez os segredos do passado de Megan -, reconheço que o roteiro desse piloto pelo menos foge dos clichês batidos e geralmente óbvios para séries teen, o que já é um bom sinal.