domingo, 8 de junho de 2008

SWINGTOWN - Comentários sobre o piloto da série


EUA, 1976. Enquanto muitos americanos celebravam o bicentenário da independência do país, outros experimentavam a revolução sexual que transformou uma geração. É esse o mote central de Swingtown, uma das séries novatas que chegam nesse que pode ser considerado o período de testes da tv americana quando os reality shows imperam. No piloto, conhecemos o casal Bruce e Susan Miller que, recém mudados para um bairro chique de Chicago, são muito bem recebidos pelo libertino casal vizinho Tom e Trina Decker, em quem os Miller rapidamente vão descobrir a chance ou o caminho para apimentar e reacender seu casamento.

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    O curioso de Swingtown - pelo menos levando em conta o que o piloto mostrou - é que embora o sexo seja usado como argumento básico, tudo acaba ficando muito mais na sugestão e na imaginação de quem vê, do que em qualquer exposição gráfica mais ousada. Ou seja, quem for assistir a série esperando um soft-porn na linha de Tell Me You Love Me pode se decepcionar.

    Além de explorar a dinâmica que começa a se desenvolver entre os dois casais já citados, há ainda um terceiro formado por Roger e Janet Thompson. Esta além de ser a ex-vizinha e melhor amiga de Susan, é também o típico exemplar de mulher pudica que estabelece o extremo oposto de Trina. Além dos casais, há pequenas subtramas envolvendo os filhos dos Miller, Laurie e BJ e também o dos Thompson, jovens que fatalmente também devem ser incluídos na mistura de descobertas e desejos que a série propõe.

    Mas afinal, Swingtown merece ser conferida? Bom, é certo afirmar que não há qualquer grande novidade em termos de narrativa e que a série está longe de ser unanimidade, contudo posso dizer com tranquilidade que o clima dos anos 70 e sobretudo a caracterização dos personagens me envolveu com naturalidade. Sobre isso aliás, devo destacar que a trilha sonora da série recheada de clássicos daquela época ajuda bastante a nos fazer entrar no clima, assim como diálogos espertos e que em alguns casos trazem até mesmo um certo tom cômico involuntário. Um exemplo disso surge logo no início quando Tom Decker seduz uma jovem aeromoça depois de ter sua camisa sujada e ouve dela um , "sua mulher vai me matar [por isso]" ao que ele retruca com um sugestivo "ela vai te amar" para em seguida vermos os três dividindo a mesma cama... Só faço uma ressalva sobre esse piloto. A personagem Susan que é inteligentemente apresentada como um contraponto entre a carola Janet e a depravada Trina, aceita rápido demais a sugestão feita pela nova vizinha para 'experimentar o amor de outra forma'. Pode ser besteira minha, mas a coisa me pareceu apressada demais, tirando certa dose do impacto que o processo poderia trazer.

    Em suma, a série é uma tentativa interessante da rede americana CBS de explorar um tema espinhoso e inédito para ela, tão acostumada com as séries criminais da linha CSI. Apesar disso, é certo que se ela fosse exibida em um canal a cabo como o Showtime ou a HBO, certamente renderia textos e cenas infinitamente mais picantes e ousados, o que contudo não tira da série certos méritos.

    Vídeo Promocional da série:


    Curiosidades sobre o elenco: O casal Miller (Bruce e Susan) é feito pelo ator Jack Davenport o Comodoro James Norrington da trilogia Piratas do Caribe e por Molly Parker, a Alma Garret de Deadwood. Já Tom e Tricia Decker são feitos por Grant Show, o Jake Hanson de Melrose e por Lana Parrilla, que fez a personagem Greta, a morena que estava dentro da estação Looking Glass no final da 3ª temporada de Lost.

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