sexta-feira, 5 de setembro de 2008

DEXTER: Um serial killer com culpa (Comentários do episódio 3x01)

Este post contém detalhes de episódio ainda inédito até mesmo na tv americana
"Algumas pessoas fazem um pacto silencioso e acreditam que sendo boas a sociedade tomará conta do resto. Porém, quando a sociedade deixa a bola escapar, alguém tem que agir."

É com algo mais ou menos assim que Dexter faz a defesa e justifica seus atos em uma sequência de Our Father, episódio que marca a estréia da 3ª temporada que faz o impensável e coloca o serial killer - que não negamos admirar -, frente a frente com um sentimento totalmente inédito: a culpa. E é assim, brincando de chocar e surpreender, que Dexter, seguramente uma das séries mais bem produzidas e escritas da tv atual, nos convida para mais uma viagem rumo ao complexo, mas não menos instigante universo de uma das figuras mais cativantes e interessantes já imaginadas.

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    Depois de uma rápida recapitulação dos principais eventos que ameaçaram expor o segredo de Dexter e culminaram com as mortes do sargento James Doakes e de Lila ao fim da 2ª temporada, somos rapidamente introduzidos ao novo arco que promete ser o núcleo dessa nova. O Dexter de agora é um cara que se diz mestre de suas ações e que tenta agir com a mesma frieza que conhecemos no início da série, mas que se desmonta emocionalmente com o simples pedido sincero feito por Cody, o filho de Rita, que agora já o trata como pai dando a brecha para o que talvez vá ser a cura definitiva para seu 'vício': uma conexão real e autêntica que crie nele um forte laço familiar. A jornada no entanto, não promete ser curta (para o nosso deleite), afinal, o nível agora é outro e o 'mestre' ainda tem muitas lições a aprender sendo que a mais nova delas está intimamente ligada à culpa e à dúvida que paira sobre ele (e sobre nós também, é claro). Será que pela primeira vez Dexter matou diretamente um inocente ou o irmão de Miguel Prado (o sempre competente Jimmy Smits) na verdade encontrara ao acaso, um 'justo' fim nas mãos do dark defender?

    A miríade de possibilidades que se desenha apenas com essa situação, tem tudo para desenvolver várias outras camadas tão interessante ou mais que aquelas exploradas ao longo das duas primeiras temporadas, afinal, Dexter realmente parece equilibrar um sentimento de remorso tão grande quanto o desejo de encontrar um podre daquela vítima que de algumas forma justifique o 'acidente'. Fora isso, me parece óbvio que a relação que se estabelecerá entre ele o promotor Miguel Prado transformará tudo num quebra-cabeça moral ainda mais complicado para quem já se julgava mestre e questionava a validade e a importância do código de Harry. E é justamente nesse panorama e na posição de testemunha da história, que em vários momentos me peguei sentindo exatamente aquela confusão que Dexter deixa transparecer, o que torna a experiência de acompanhar a série, em algo ainda mais viciante e prazeroso.

    De resto está tudo no devido lugar. Debra continua sendo a mesma mulher emocional sem papas na língua, La Guerta parece ter baixado a bola por conta do trauma de perder o amigo Doakes (numa história que ainda deve ser retomada em algum ponto da temporada, acredito eu), Angel Batista ganha uma nova responsabilidade que testará sua capacidade de separar o que é pessoal do que deve ser profissional, enquanto à (grávida) Rita fica reservado o papel com maior potencial catalisador de severas mudanças em Dexter que certamente passará a enxergar com cores muito mais nítidas, a tênue linha que o separa do papel de vingador da noite daquele provavél e novo ensaiado com Cody, o de pai.

    Dexter definitivamente voltou com todo o gás e ganha desde já (pelo menos para mim) o status de série a ser 'batida' nessa temporada. Alguém apostaria em nocaute?

    A 3ª temporada de Dexter estréia no dia 28 de setembro nos EUA

Um comentário:

  1. Acabei de assitir;;;

    Dexter é o cara....

    voltou com tudo este otimo seriado...

    musicas boas...

    e a loirinha ta uma delicia...rss

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