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Não vou ficar aqui tecendo comentários longos sobre o filme em si, porque a obra já foi muito bem interpretada e criticada por gente infinitamente mais tarimbada e qualificada do que eu. Além disso, dizer que a história dos Corleone é um retrato perfeito de uma tragédia concentrada na trajetória de um homem bom sugado pelas circunstâncias e pelo mal que o rodeia e o corrompe, seria lugar comum. Por isso, prefiro apenas regitrar como foi prazerosa a chance de poder ouvir de novo a inconfundível trilha de Nino Rota e (re)ver o estupendo trabalho do saudoso Marlon Brando como o carismático Don Vito Corleone e de Al Pacino na figura que definiu sua carreira alçando-o ao posto de um dos melhores de todos os tempos.
Como fã, ter a oportunidade de assistir a versão recém restaurada, foi um presentaço que a edição 2008 do Festival do Rio deu. Com imagem muito mais limpa e definida, a sensação era a de se estar vendo um filme de época feito ontem com a mais moderna tecnologia. E se o som do antigo Cinema Palácio aqui no Rio, não ajudou muito, saber que os rolos que estavam sendo exibidos faziam parte da coleção particular de Francis Ford Coppola atenuava qualquer coisa, garantindo à sessão, o status de evento inesquecível para as mais de 700 pessoas que lotaram a sala. Sobre o público aliás, foi interessante notar que a faixa etária não passava da média de 35, 40 anos e mais curioso ainda foi saber que apenas uns 10 ou 15% nunca tinha visto o filme, o que como destacou a representante da Paramount presente na sessão, é uma prova contundente do que o filme representa mesmo depois de mais de 36 anos desde seu lançamento.
A resposta de todos de uma maneira geral foi bastante entusiasmada nas quase 3 horas de filme, e a cada cena/diálogo marcante ou mesmo quando uma 'oferta irrecusável' era mencionada, muitos aplaudiam como se estivessem num show. E devo dizer que poucas vezes vi tamanha conexão de um público dentro de uma sala de cinema. Mesmo quando o filme era interrompido a cada intervalo de 20 e poucos minutos para que o rolo fosse trocado, todos mantinham o clima numa constante empolgação que só terminou depois que uma nova salva de palmas tomou conta quando Michael é reconhecido como o novo Don Corleone e os créditos finais começaram a surgir me lembrando que agora sim eu posso dizer para todo mundo: eu vi O Poderoso Chefão no cinema.
Nota: Segundo explicação da representante da Paramount, por se tratar de um material original, não foi permitida montagem tradicional, ou seja, as partes finais de um rolo não podiam ser emendadas ao início de outro como acontece nas cópias comerciais.
Fantástico cara! Tenho 14 anos e adoro Poderoso Chefão, tenho inclusive o box da trilogia, recentemente saiu nos EUA o box da trilogia em Blu-ray, só to esperando chegar no Brasil (vai demorar um pouco) pra comprar. Abraço
ResponderExcluirNóoooooooossa Davi, sonho de qualquer cinéfilo.
ResponderExcluirFoi muito legal mesmo! Cinema lotadoooo, galera animada... podiam fazer mais exibições desse tipo, com filmes clássicos. Agradeceríamos!
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