domingo, 5 de outubro de 2008

Detalhes do telefilme '24 Horas: Redenção'


Redenção. É exatamente disso que Jack Bauer precisa para apagar a má impressão deixada pela irregular 6ª temporada e piorada pela longa pausa (a última vez que o vimos em ação foi em maio de 2007) provocada pela greve dos roteiristas. Levando isso em consideração, a responsabilidade do telefilme 24 Horas: Redenção é grande, já que a produção não só servirá como teaser para os fãs com saudades de Bauer, mas principalmente como um prólogo para os eventos da aguardada 7ª temporada. Será que a produção conseguirá trazer Bauer de volta para o centro das atenções? Eric Goldman, colunista do IGN.com já viu o filme e ajuda a dar a resposta.

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    Redenção começa poucos meses depois do final da 6ª temporada com Jack vivendo em um país fictício da África chamado Sangala onde ele trabalha como missionário ao lado de um antigo colega chamado Carl Benton (Robert Carlyle). A ação começa quando a guerrilha local recruta crianças para a milícia que estão sob os cuidados de Bauer que obviamente não fica indiferente.

    Pela descrição de Goldman, o telefilme usa o conceito de tempo real da série mas começa com um prólogo rápido que foge do foramto para introduzir a milícia até o ponto em que o sequestro de um garoto ocorre. Quando a história começa efetivamente, vemos que Jack vive em paz tendo deixado tudo para trás ainda que carregue o peso de tudo o que ele vivenciou. Ao que parece Jack não aparece muito na primeira metade de Redenção, mas quando a ação começa efetivamente ele volta fazendo o que sabe de melhor. E mais importante que isso, na opinião de Eric Goldman, Sutherland tem momentos genuinamente interessantes incluindo um em que Jack luta para não deixar a emoção lhe tomar quando simplesmente não há tempo para lidar com esses sentimentos.


    Para Goldman, também é muito curioso ver Jack em um ambiente diferente - Redenção foi filmado em uma locação na África do Sul, e esse é um elemento bem diferente daquele de Los Angeles onde nos acostumamos a ver Bauer. Essa mudança também nos deixa curiosos sobre como seria ver o personagem em algo ainda maior como o comentado filme que seria feito depois do fim da série.

    Além disso, há muito tempo gasto no que acontece nos EUA, onde diversos personagens que serão importantes na 7ª temporada são introduzidos. A atriz Cherry Jones passa uma ótima primeira impressão como a presidente Allison Taylor, que aparece no dia da posse. Também dando as caras, surge Jon Voight como o misterioso Jonas Taylor, que é firmemente estabelecido como vilão em sua primeira cena. Esse personagens parecem ser adições de peso, assim como Tony Todd como um impiedoso guerrilheiro. Na tradição de 24 Horas, há também alguns personagens bem tolos, incluindo um representante da ONU que primeiro duvida da ameaça do guerrileiro, e então se acovarda quando ele percebe que a ameaça é real. Gil Bellows, que faz Ally McBeal também tem que se virar com um personagem estranho - um burocrata do governo que chega à procura de Jack.

    Para quem espera ver rostos conhecidos no elenco de apoio, fica o aviso de que Redenção não os traz. Não há Chloe, Bill Buchnnan... No entanto é interessante ver Powers Boothe e Peter MacNicol reprisando seus papéis da 6ª temporada. Nenhum dos dois deve aparecer na próxima temporada, mas seus personagens, o presidente Noah Daniels e o chefe de staff Tom Lennox, ganham bastante tempo na tela passando o bastão para o início da administração de Taylor, uma raridade na série por conta do tempo que separa as temporadas.

    Muita gente teve sérios problemas com a 6ª temporada. É difícil dizer se Redenção vai marcar uma bola volta à forma, porque ele não é a temporada propriamente. Ele no entanto certamente indica um caminho interessante para o começo da 7ª temporada, e enquanto a história da tentativa de Jack para resgatar as crianças fica totalmente concluída, muito é deixado em aberto para que a série dê prosseguimento e isso é feito de uma forma muito envolvente.

    No final do telefilme, um extenso preview para a 7ª temporada foi exibida para os jornalistas presentes, e Goldman contou que embora grande parte das cenas já tenham sido exibidas antes - incluindo aquele em que Jack descobre que Tony Almeida está vivo e agora é aparentemente um vilão -, há outras novas incluindo tiroteios, batidas de carro, e uma grande sequência envolvendo um avião. O mais interessante porém, fica para o final desse preview que termina com Jack interrogando Tony exigindo saber qual é o alvo. Furioso, Jack pega Tony e o joga contra a parede gritando que se ele não falar, "Eu vou te matar e você permanecerá morto dessa vez!", numa já clara 'brincadeira' ao bizarro retorno do personagem que julgávamos ter morrido.

    24 Horas: Redenção será exibido nos EUA no dia 23 de novembro e aindanão tem data definida para exibição no Brasil.

2 comentários:

  1. Jack Bauer está vivendo em uma região longínqua (algum lugar carente em que as pessoas vivem de modo simples sem condicões adequadas) Aí chega algum bandido desalmado que maltrata a população local. Ele, claro, não fica indiferente e volta pra ação.

    ..."vemos que Jack vive em paz tendo deixado tudo para trás ainda que carregue o peso de tudo o que ele vivenciou."


    Po, isso é Rambo 3 e 4 cara! É assim que os caras querem revitalizar a série???? Boa Sorte!

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  2. Davi, mesmo sendo um enorme fã de 24 Horas, só agora vi a sexta temporada. Na época, deixei de lado pela metade em razão das críticas e da dublagem (acompanhava pela Fox).

    Ainda vou escrever um texto em defesa da sexta temporada no Poltrona. Não a acho tão espetacular como a primeira e a quinta, mas para mim ela está no mesmo nível dos segundo, terceiro e quarto dia. Ou seja, nota 9 (a primeira e a quinta temporada são nota 10, claro!).

    A sexta temporada peca um pouco na ação e repete a trama dos terroristas do Oriente Médio. Mas o que mais me impressionou é a discussão política que ela promove.

    Uma série que é considerada conservadora promove idéias liberais de forma muito interessante. Aliás, faz um duelo entre preceitos republicanos e democratas de forma genial. Só vejo algo assim em Boston Legal (e na finada The West Wing, claro).

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