Com exibição prevista para o dia 17 de outubro nos EUA
Crash, filme que venceu o Oscar 2006 ainda divide opiniões até hoje. Para uns a produção escrita e dirigida por Paul Haggis (Menina de Ouro) conseguiu explorar uma narrativa inovadora, envolvente e com profundidade, enquanto para outros o filme é pretensioso demais nunca atingindo um resultado final consistente. Particularmente gosto de Crash pois acredito que sua iniciativa de contar uma história com personagens multi facetados conseguiu escapar da visão manequeísta que seria uma armadilha fácil a ser explorada. Sendo assim, fiquei bastante curioso quando soube que aquele universo ganharia novas luzes, agora na tv como série. Pena que a expectativa acabe frustrada por uma transposição que inicialmente não traz o mesmo apelo emocional e dramático do filme estrelado por Brendan Fraser, Sandra Bullock, Don Cheadle, Ryan Phylippe e Matt Dillon.
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Assim como ocorria no filme, a série Crash explora histórias aparentemente sem ligação de um grupo bastante heterogêneo de pessoas num ambiente repleto de esteriótipos, muito preconceito e racismo. Mas enquanto o filme conseguiu dar ritmo aos acontecimentos além de torná-los interessantes, a série falha em fazer o mesmo, optando por histórias e personagens menos interessantes, salvo raras exceções como o personagem do veterano Dennis Hopper que faz Ben Cendars, um produtor musical solitário em processo de auto-destruição.
Falta à série aquela mesma sensação de intensidade ou mesmo o senso de que de alguma forma aquelas histórias podem ter impactos reais ao se cruzarem. Além disso, há pelo menos um personagem na série que parece demais com aquele de Matt Dillon., o que diminui o tom de novidade prometida por ela. O policial Kenny, também é um oficial da lei com moral dúbia e ética contestável como aquele feito por Dillon e que não hesita em abusar do poder que lhe foi conferido no dia a dia das ruas de Los Angeles. Os outros personagens também não parecem ter a mesma força daqueles do filme. O detetive Axel, por exemplo é rasteiro demais para que nos importemos com sua conduta questionável de caça a membros de uma gangue coreana. Já a história da família Emory (cujo convívio forçado com o sogro expõe uma crise no casamento de Christine e Peter) é pouco atraente a ponto de nos deixar curiosos sobre o que vem pela frente, embora admita que talvez esteja concetrado ali o núcleo que trará uma discussão sobre racismo. Além destes, há ainda um personagem latino que passa maus bocados para tentar entrar ilegalmente nos EUA e cujas motivações são obscuras e o paramédico coreano cujo passado com a mencionada gangue o colocará no caminho do detetive Axel que deve mudar sua vida para sempre.
Embora seja óbvio que eu não tenha sido fisgado pela série, confesso que provavelmente voltarei a conferir os próximos episódios sobretudo por conta da história do personagem de Dennis Hopper, que à frente de um elenco de desconhecidos tem a história mais interessante de todas conferindo complexidade a um homem irrascível, o que de certa forma já garante algum peso e importância à série. Se só a história dele será suficiente para segurar a série, só o tempo dirá. E você, já deu uma conferida em Crash?
Também achei o filme pretensioso. Colocar histórias paralelas que no fim acabam sendo interligadas de alguma forma não foi nenhuma novidade. O filme fala sobre racismo e só.
ResponderExcluirNão achei nada demais
(...) por Brendan Fraser, Sandra Bullock, Don Cheadle, Ryan Phylippe e Matt Dillon.
ResponderExcluirÉ Davi. Matt Dillon. Corrige aê. Rs
ResponderExcluirEm qual canal tá passando?! Tem links em http pra baixar?!
Opa, pensei em um e coloquei o outro. Obrigado pela correção pessoal.
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