Já afirmei antes por aqui que Mad Men não faz parte do meu top 5 de séries favoritas, mas seria hipócrita se deixasse de reconhecer seus muitos méritos ou dissesse que não sou fã da série. Absolutamente adulta, inteligente e rica em personagens complexos e interessantes, o drama papa Emmys do canal a cabo americano, AMC, faz parte de um seletíssimo, se não exclusivo, clube: o das séries que já nascem prontas e absolutamente maduras para crítica e público.Leia mais...
Encerrado nos EUA no domingo, 16 de outubro, o quarto ano de Mad Men seguiu à risca a cartilha da série desde seu início: foi bem regular ao longo de seus 13 episódios, manteve o mesmo primor técnico que já lhe rendeu diversos prêmios, investiu ainda mais no desenvolvimento de seus personagens e conseguiu contextualizar muito bem as características da época com o drama em torno dos sucessos e fracassos da ainda novata agência de publicidade Sterling Cooper Draper Pryce.
Tropeços aqui e ali sem dúvida existiram (o penúltimo episódio para mim funcionaria muito melhor como desfecho de temporada em vez do final novela das 21h de “Tomorrowland”), mas é bem justo dizer que, no geral, a quarta temporada de Mad Men foi muito sólida. Além de ampliar os horizontes para muitos de seus personagens coadjuvantes com a formação da nova agência (destaques óbvios aqui para Joan, Peggy, Pete e Roger, este fundamental para o principal evento da reta final da temporada) o quarto ano também foi o que trouxe uma das horas mais memoráveis da série com “The Suitcase”, episódio praticamente todo centrado em Don e Peggy dividindo frustrações pessoais e profissionais numa espiral envolvente, angustiante e, por que não dizer, emocionante através das excelentes performances de Jon Hamm e Elisabeth Moss.
Sobre Don Draper, aliás, não é exagero dizer que essa foi a temporada em que seu protagonismo ficou mais evidente. O constraste entre o homem austero da agência e aquele com a vida pessoal em frangalhos – sobretudo depois da dissolução de sua família e da partida de Anna - renderam ao personagem momentos marcantes que expandiram seus conflitos e sua complexidade, além, claro, de consolidá-lo como o terror das secretárias.
Já renovada para pelo menos mais uma temporada, Mad Men tem tudo para voltar surpreendendo, ou no mínimo, como pontuou a Juliana Ramanzini dia desses, continuar sendo a série ‘chata’ mais divertida da televisão.
Concordo com praticamente tudo, menos com o fato de a série ser chata. Para mim, nada nela é chato. É a melhor série da atualidade e, definitivamente, é para poucos. Ainda não cheguei à 4ª temp., mas duvido altamente que o final tenha sido final de novela das 9.
ResponderExcluirNão é à toa que é a série que mais ganha prêmios, mas é a que é menos comentada na blogosfera. Blogs que comentam séries não são minha praia, mas, se fossem, definitivamente, faria um dedicado somente a Mad Men.
Bom, pão ou pães é questão de opiniães. Pelo menos você e a Ju reconhecem a importância e a qualidade excepcional de Mad Men, diferentemente de alguns babacas espalhados por aí que falam mal da série porque não são capazes de acompanhar seu ritmo.
Um abraço.
A Quarta Temporada de Mad Men é a melhor de todas. Caralho, que serie boa. É verdade que as vezes as coisas são lentas e tal mas essa temporada foi perfeita principalmente pq conseguiu dar mais destaque para a melhor personagem da serie, Peggy. Acho que se o penultimo episodio fosse o ultimo eu ficaria mais ansioso pelo proximo ano, mas não achei o final com cara de novela da globo não, porque a temporada teve como tema a reconstrução da vida de Don tanto profissionalmente como pessoalmente. Agora fico na expectativa de ver até quando Don ficará apaixonado por Megan e qunatos segundos demorará para ele trair ela.
ResponderExcluirObs: adoro a Sally, a menina que interpreta a filha do Don é uma excelente atriz.
Já li varias criticas de Mad Men e a cada nova que leio fico mais ansiosa pra vê-los. Quarta Temporada parece muito interesante.
ResponderExcluirÉ triste saber que esta série tem sido muito interessante estar chegando ao fim. Acho que devemos destacar o papel é o de Don Draper foi fenomenal. Pena que tem que acabar. Lembre-se que com grande sentimento.
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