quarta-feira, 17 de agosto de 2011

True Blood – Ep. 4x08 “Spellbound”

Com spoilers para quem não acompanha pela exibição americana.


Dá para continuar gostando muito de True Blood mesmo tendo consciência que a série já foi melhor? Evidente que sim e mesmo não concordando com tudo que o Bruno Carvalho disse em seu texto no Ligado em Série sobre a atual temporada, tampouco desqualificaria boa parte de sua análise. Afinal, diferente do que pensam alguns fãs mais radicais, não é pecado mortal criticar a série quando é notório que a mistura criada por Allan Ball na tv deu uma desandada sobretudo na temporada passada. Dito isso, é igualmente verdade que True Blood ainda diverte muito mais – como já comentei em posts anteriores - que boa parte das produções do gênero, principalmente quando ainda consideramos as boas (e agora mais raras, porém ainda relevantes) discussões que a série levanta num contexto fantástico. Quem não se lembra, por exemplo, da brilhante frase dita por Pam no 2º episódio da temporada quando falando sobre a intolerância, saiu-se com um “Deixem que eles pratiquem seus direitos civis de serem idiotas”? True Blood anda no piloto automático vivendo de lampejos de genialidade e da fama que alcançou? Talvez sim, mas desde quando isso é demérito capital?

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    Contando o curioso contraste entre o que Jessica (que, claro, acabou salva por Jason antes de encontrar a luz) imaginou que aconteceria ao terminar com Hoyt e o que efetivamente ocorreu quando o fez, “Spellbound”, o oitavo episódio da temporada, reservou relativo espaço às subtramas com o intuito de relacioná-las à principal (só a de Tommy e a do bebê de Arlene ainda soam dispersas). Assim, dando sequência ao desenvolvimento do arco central com a bruxa Antonia e sua busca por vingança contra os vampiros, o episódio culminou num embate em pleno cemitério de Bons Temps que se não resolve a questão, já dá uma boa ideia do que veremos nos 4 episódios restantes da temporada.

    Teve Bill capturado pelas bruxas depois de impedir que Pam matasse Tara (no que provavelmente renderá a ele uma aliada eventual); Sookie sendo atingida por um tiro só para ser salva por Alcide que, contrariando um pedido de Debbie (e de Marcus, o líder de sua nova matilha agora encrencado com Sam), acabou se envolvendo na rixa quase como uma justificativa para sua permanência na trama por tanto tempo sem uma função definida e, por fim, Eric sendo mentalmente dominado por Marnie/Antonia que agora deve tentar usá-lo contra os seus no que muito provavelmente renderá o gradual retorno do personagem à sua natureza fria, egoísta e mais imprevisível das temporadas anteriores.

    Depois de apostar em mudanças salutares à série (o salto de 1 ano na história foi, a meu ver, fundamental para agitar as coisas depois do fraco 3º ano), tropeçar em algumas iniciativas (para que serviu o núcleo das panteras na história?) ao mesmo tempo em que acertou em outras como o romance para lá de quente entre Sookie e Eric e a revelação de que Lafayette é um médium (ainda acredito que ele terá papel fundamental no desfecho da temporada, diga-se), não dá para cravar se Allan Ball e cia conseguirão amarrar todas as pontas da temporada de forma satisfatória. Dessa forma, se agradar a todos é impossível e desnecessário, como fã da série e do trabalho de Ball, que nunca é demais lembrar, fez Six Feet Under, só espero ser recompensado com mais diversão e um bom entretenimento escapista, porque se tem algo que True Blood não merece ou precise é ser levada tão a sério.

6 comentários:

  1. Poxa Dude, agora to começando a curti a série. o 7 e o 8 foram bons. Espero que até o final continue me tirando o fôlego!

    Valeu!

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  2. Mais um penúltimo episódio!! Espero q a série continue agitada assim... Eu parei de acompanhar no começo da 3ª temporada graças a falta de expectativa que os episodios traziam (isso sempre me faz parar de acompanhar séries), mas a pouco tempo resolvi voltar a ver TB novamente. Assisti à terceira temporada em DVD e agora estou assistindo a quarta todas as semanas, com o sentimento de que não vou largar novamente, pelo menos por enquanto... Valeu pela review Davi, me sinto como na época de lost: não basta só ver o episódio, só me satisfaço depois da review... hehhehe

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  3. Esse episodio de True Blood foi muito bom, curti demais a cena em que a Antonia domina o Eric, a atriz que faz a personagem é muito boa, enfim o episodio foi muito bacana, espero que o de hoje esteja melhor ainda!

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  4. Eu tô achando essa temporada ótima... mesmo as tramas paralelas estão boas, sem dar a sensação de encheção de linguiça, mesmo sendo encheção de linguiça.

    Mas o que essa temporada tá caprichando é no humor. Todo episódio tá acontecendo algo de matar a gente de rir. Embora a série não seja comédia, a série anda tendo umas tiradas tão boas que supre a necessidade de se assistir uma sitcom. A cena que bill dá aquela tirada em Pam: "O mundo precisa de mais apicultores" ou o Tommy se transformando na Sra. Fortenberry, ou quando esta ve a vizinha vampira morrendo na sua frente são impagáveis.

    Algumas coisas que seriam falhas é a história do bebê de arlene, que pra mim não está chata, mas muito separada da trama principal. E o desfecho de hotshot e suas panteras, que não serviu pra nada exceto juntar jason a jessica (que é uma trama paralela que tenho achado interessante), e tornar hoyt um chato.

    Agora, a série como um todo tem algo que me incomoda muito: Como os lobisomens são tão chinfrins e mediocres? É um bando de humanos que viram um cachorrinho. Falavam que eram perigoos e tudo mais, mas um metamorfo é muito mais "perigoso", já que podem virar qualquer animal, até mesmo lobos e leòes e panteras e moscas, e em alguns caso até gente. O que há d especial em ser lobisomem?

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  5. Gente...sou só eu ou tem alguém mais super ansioso para os próximos capítulos? Não vou tirar o meu olha da HBO na expectativa de ver mais!!!

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