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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alcatraz: Boa novidade ou prato requentado?



Já badalada por parte da imprensa americana que cobre tv como uma das novas séries mais promissoras da próxima temporada, Alcatraz vem alimentando um gradual interesse de quem fica sempre sedento por novidades na telinha. Assim como aconteceu com Terra Nova (outra produção nova da Fox), Alcatraz, que chega à tv em 2012 e leva a assinatura de J.J. Abrams, também já teve um trailer divulgado que realmente aguça a curiosidade, mas que ao mesmo tempo deixa uma inevitável questão no ar: estamos frente uma produção de fato envolvente pelo ineditismo de sua ideia ou veremos apenas um conjunto de conceitos requentados com outra roupagem? É claro que a resposta só virá quando assistirmos, mas enquanto a série não começa, vale à pena conferir uma matéria recente feita pelo Inside TV da EW repercutindo o que, nas palavras de J.J. Abrams, podemos esperar de Alcatraz.

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    O texto abaixo foi escrito por James Hibberd para a EW

    Como uma espécie de poderoso chefão de Pilotos que faz séries que as redes não podem recusar, o prolífico produtor-diretor J.J. Abrams tem duas novas séries chegando ao horário nobre na próxima temporada.Uma delas, Alcatraz, que será exibida pela Fox, já está levantando inevitáveis comparações com Lost. No enredo central há uma ilha, outro mistério, a série tem uma ex-roteirista de Lost, Elizabeth Sarnoff, como principal produtora executiva e Jorge Garcia (o Hurley) a bordo num papel de destaque. Mas basta ver o trailer da série para notar que Alcatraz tem alma própria. “A premissa desde o início era ter algo que eu certamente assistiria”, disse Abrams a EW. “E isso não significa dizer o que todos deveriam ver, mas eu sabia que ter algo assim em mente seria um bom começo.”

    Os detalhes da série foram mantidos sob sigilo até bem recentemente: Alcatraz mostra uma detetive (Sarah Jones) da polícia de São Francisco que se junta a um expert (Jorge Garcia) na famosa prisão depois que descobre-se que o suspeito de um assassinato é um prisioneiro de Alcatraz que desapareceu da ilha a cerca de 50 anos. Ao que tudo indica, o assassino não foi o único prisioneiro que escapou – ou o único que reaparece. Agora eles tem que pegar os fugitivos que surgem no tempo atual sem terem envelhecido – e tentar solucionar o mistério de como isso está acontecendo e porquê.

    “Há um tom de intriga em torno de Alcatraz”, disse Abrams. “Ouvi o nome e pensei, ‘Por que nunca existiu uma série chamada Alcatraz?’ Eu gostei da ideia de uma série que olhava para trás para impedir o que aconteceria lá na frente. A ideia de ter o pior do pior sendo mandado para aquele lugar. O que acontece se todos eles desaparecem um dia, e subitamente reaparecem sem envelhecer um dia sequer? Esse conceito era bom demais.”

    O Piloto da série, escrito por Sarnoff e dirigido por Danny Cannon (que também comandou os Pilotos de CSI e Nikita) impressionou a Fox, mas por um tempo parecia improvável que ganhasse uma chance no canal que já tinha outras séries do gênero programadas – tais como Terra Nova e Fringe que acabara de ser renovada e que também leva o nome de J.J. Abrams. Havia outra preocupação também: do que a série se tratava no fim das contas? Lost começou sem que seus produtores soubessem as respostas para alguns dos mistérios centrais do Piloto (como o que era o monstro de fumaça na floresta). E se por um lado fazer esse vôo cego dá aos roteiristas liberdade para serem inventivos ao longo do caminho, por outro envolve muito risco para uma rede de tv que analisa se deve ou não investir numa produção.

    “A Fox queria saber no que estava se metendo, eles não queriam entrar numa situação em que tudo podia ser inventado ao longo do caminho”, contou Abrams. “Eles pediram uma explicação sobre o que aconteceria numa larga escala. Obviamente não queriam que entregassemos a sinopse de cada roteiro e contassemos o que aconteceria no final da série, mas queriam saber qual era o plano geral do que seria a série e qual seria a história por trás de tudo.”

    Sarnoff redigiu um documento, que por razões óbvias está sendo mantido sob sigilo, que explica tudo. Abrams diz que essas revelações foram no fim, a chave para que a série ganhasse sinal verde e a consequente chance de ir ao ar. Os produtores ainda terão liberdade para pegar certos desvios e algumas coisas podem sempre mudar, mas o fato de que Alcatraz tem uma história de fundo – e uma que é poderosa e sensível o bastante para convencer a Fox a acreditar na série – também deve dar uma certa segurança aos fãs que se frustram quando sentem que os roteiristas estão soltos demais em séries desse tipo.

    “O fato da Fox ter pedido isso acabou sendo algo de extrema ajuda para todos nós”, Abrams disse. “Essa será uma série bem específica com casos isolados cobrindo o reaparição desses prisioneiros toda semana, mas ela também tem uma história central que sustentará todos os episódios.”

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    E aí, será que dá para ter boas expectativas com relação a Alcatraz ou a série já nasce com uma evidente pinta de The 4400 reloaded?