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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Opinião sobre 'Chinese Democracy', o novo álbum do Guns N' Roses

A espera finalmente acabou. Chinese Democracy, o até então interminável 'novo' álbum do Guns N' Roses (hoje mais conhecida como a banda de Axl Rose) está chegando às lojas nesse final de novembro. Ouvi o álbum ontem, e tirando a faixa que dá título à obra além de "Shackler's Revenge" que efetivamente investem no hard rock que fez o nome da banda, as outras faixas deixam clara a intenção de Axl Rose (único remanescente da formação original) em experimentar na mescla de estilos diferentes. Surpreendentemente, no geral a mistura funciona com um som que se não inova demais ou rompe totalmente com as caracteríticas do grupo, mostra um passo corajoso de uma banda que tenta se redefinir e provar que ainda merece ser ouvida. Abaixo faço uma análise simples e leiga faixa por faixa do álbum.

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    1. Chinese Democracy, a faixa que dá nome ao disco, prova que o som da banda ainda pode ser relevante. Esqueça aquelas versões que vazaram na internet nos últimos anos ou mesmo a executada nos raros shows da banda. O resultado final ficou muito melhor e traz uma pegada forte que tem tudo para bombar nas rádios. Lembra bastante o apetite da já clásica Welcome to the Jungle e tem solos de guitarra bem bacanas.

    2. Sorry, mas essa tentativa do Axl de fazer uma faixa estilo Chad Kroeger (vocalista do Nickelback) não colou para mim. Não que a sonoridade seja desinteressante, mas é que esse é último estilo que eu poderia imaginar ouvindo Axl explorar. Pode até ser que ao ouví-la de novo mais vezes, minha percepção mude, mas como dizem que a 1ª impressão é a que fica, digo que a achei no mínimo esquisitinha.

    3. I.R.S. é uma faixa interessante. Tem arranjos bem legais, um Axl mais contido na maior parte do tempo (e berrando nos momentos certos numa dose equilibrada), o que certamente já é um ponto bastante positivo. Fora isso, a letra é divertida e tem um refrão bacana.

    4. Madagascar é ao lado de Chinese Democracy, uma das faixas mais antigas do disco. Lembro de ouví-la na apresentação da banda no Rock in Rio 3 em 2001. Tem um quê de Civil War (há até trechos dela), mas se destaca mais ao explorar um tom de blues melancólico que funciona.

    5. This I Love traz um Axl Rose irreconhecidamente romântico demais (no início parece até um um Michael Bublé do rock). E o que é mais estranho: a letra com suas várias rimas óbvias funciona bem com os arranjos que são bem simples, mas que jamais seriam esperados num álbum de uma banda de hard rock. Não é uma ótima faixa, mas confesso que a suavidade da sonoridade chamou minha atenção.

    6. Prostitute tem um ritmo legal e etc, mas o que mais me deixou curioso mesmo nessa faixa, foi saber qual é a inspiração dela. Simples criatividade ou fruto de uma experiência? Será que rockeiro quarentão se apaixona por prostituta e escreve música como forma de terapia? :p

    7. Shackler's Revenge, a faixa que foi lançada no game Rock Band 2 tem uma batida forte levada numa tomada chiclete com letra de refrão simplório, mas não menos interessante. Além disso, vale destacar que a mescla de vocais rende bem.

    8. Better, começa com um som que em nada lembra a batida da banda que conhecíamos há 15 anos atrás, explorando arranjos claramente experimentais que logo revelam riffs interessantes e Axl dando seus já não tão potentes agudos, mas que ainda funcionam satisfatoriamente. Bela faixa.

    9. Street of Dreams é balada mor do álbum. É inevitável ouví-la e não lembrar de November Rain com piano e a cantoria que começa melancólica, mas que depois acaba ganhando contornos de música com toda cara de clipe chiclete que será repetido à exaustão na MTV daqui uns meses.

    10. If the World talvez seja a música com menos cara de Guns N'Roses de toda a história da banda. Levada numa batidinha pop melódica e repetitiva, mas que surpreendentemente funciona, a faixa remete a fim de filme quando o protagonista sai caminhando numa estrada com o sol se pondo à medida que os créditos vão rolando. Não é à toa que ela encerra o filme Rede de Mentiras, thriller estrelado por Russel Crowe e Leonardo DiCaprio que estréia no próximo dia 28.

    11. There was a Time, é o que eu chamaria de faixa discurso do álbum. É nela que Axl destila um caminhão de blá blá blás em cima de uma música pouco inventiva, mas 'escutável'. Fosse mais curta que os quase 7 minutos que tem não deixando os belos solos de guitarra só para o final e talvez funcionasse melhor.

    12. Catcher in the Rye traz Axl novamente contido e uma letra bacana que ganha peso graças aos belos riffs homogeneamente distribuídos.

    13. Scraped, certamente a faixa mais fraca das 14. Repetitiva, chata e sem nenhum atrativo que te faça querer ouví-la de novo. Nessa aqui nem o solo salva, infelizmente.

    14. Riad N' The Bedouins é a prova de que Axl não pôde resistir em fazer uma faixa 'sessão' gritaria. Tem umas viradas esquisitas no início, melhora do meio pro fim, mas nada que a torne espetacular.


    A parte de dentro do encarte. Foto disponibilizada no site da MTV


Segundo divulgação do estúdio responsável pela distribuição do álbum, participaram do trabalho os seguintes músicos: Robin Finck, Paul Tobias, Buckethead, Ron "Bumblefoot" Thal, Richard Fortus (guitarras), Tommy Stinson (baixo), Dizzy Reed, Chris Pitman (teclados), Brain e Frank Ferrer (bateria).

Chinese Democracy já está disponível na pré-venda.

domingo, 19 de outubro de 2008

Guns N' Roses (finalmente) lança novo disco em novembro

Confesso que quando soube que o 'novo' disco do Guns N'Roses finalmente iria ser lançado nem acreditei, num primeiro momento. Não sei dizer com 100% de certeza, mas não me surpreenderia se algum especialista no assunto confirmasse que este foi o álbum de produção mais demorada da história do rock. 14 anos para ficar pronto é tempo demais. A culpa para tanta demora, dizem, é de Axl Rose que nunca ficava satisfeito com o resultado. E tudo bem que daquela banda que fez os memoráveis Use your Illusion I e II só sobrou o Axl, mas ainda assim, sempre bate a curiosidade de ouvir o novo som. Quer dizer, parte dele já vazou meses atrás na internet, mas como o próprio Axl disse que não eram versões finalizadas, fica a expectativa de ouvir as 14 faixas que compõem o Chinese Democracy.

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    Com data prevista de 25 de novembro para chegada exclusiva nas lojas americanas Best Buy (as outras lojas devem começar a vendê-lo pouco depois), o disco já chega cercado de um burburinho involuntário(?) promovido pela empresa de refrigerantes Dr. Pepper que havia prometido dar uma lata de sua bebida para cada americano se o disco fosse lançado ainda em 2008. Jogada de marketing? Talvez, mas a verdade é que dessa vez a coisa parece ser séria mesmo. A faixa chamada "Shackler's Revenge" faz parte do novo jogo "Rock Band 2" e outra chamada "If the World", encerra os créditos de Body of Lies, novo filme de Ridley Scott estrelado por Leonardo DiCaprio e Russel Crowe.

    As 14 faixas de Chinese Democracy:

    1) Chinese Democracy
    2) Scraped
    3) Shackler's Revenge
    4) Street of Dreams
    5) If the World
    6) This I Love
    7) Better
    8) There Was a Time
    9) Riad N' the Bedovins
    10) Sorry
    11) I.R.S.
    12) Catcher
    13) Madagascar
    14) Prostitute

    E aí, vai dar uma chance ao novo (do) Guns N'Roses?