domingo, 12 de outubro de 2008

A Estréia da 9ª Temporada de CSI

 Exibido dia 09 de outubro no EUA

Cerca de 23 milhões de americanos assistiram a estréia da 9ª temporada de CSI, número que impressiona diante dos padrões de hoje, mesmo para uma série que merece o prestígio e o público fiel que conquistou ao longo desses anos. Depois de tantas temporadas, ao invés de se esgotar, se repetir e cair no lugar comum,  CSI se renovou, investiu em tramas que atravessaram o arco das temporadas (lembram da serial killer das miniaturas?), em histórias inteligentes, além de dar destaque para novos personagens e apostar na participação de figuras renomadas, como Quentin Tarantino, para criar episódios memoráveis. Sem dúvida, CSI nunca teve medo de arriscar e sempre teve sucesso quando tentou. 

E desde a temporada passada, vem passando por mudanças importantes, como a saída de Jorja Fox (Sara) do elenco. No primeiro episódio da 9ª temporada, foi a vez de Gary Dourdan (Warrick) deixar o grupo. Mas, a despedida que promete realmente abalar as estruturas é a de William Petersen. Será que CSI sobrevive sem Gil Grissom?

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    Ninguém sabe responder essa pergunta, mas me arrisco a dizer que sim, sobrevive. Petersen já tinha se afastado durante a 7ª temporada para fazer teatro e foi substituído temporariamente por Liev Schreiber, cujo desempenho foi muito elogiado pelos fãs e pela crítica. Dessa vez, quem vai assumir a tarefa de ocupar o espaço de Petersen é Laurence Fishburne, um ator conhecido e consistente. É claro que série não será a mesma coisa sem Gil Grissom, mas tenho certeza de que poderemos nos surpreender positivamente com essas mudanças. Os produtores e roteiristas já deram provas mais do que suficientes da sua competência. Por isso, não vou ser fatalista e achar que tudo está acabado, mas também não vou me iludir acreditando que tudo será como antes. Las Vegas não será mais a mesma.

    Falando especificamente sobre o episódio 9x01 For Warrick, posso dizer sem dúvida nenhuma que foi um dos momentos mais emocionantes da série, até hoje. E o mérito não é só do bom roteiro, mas também do ótimo desempenho do elenco, com atuações no mínimo comoventes.  

    A morte de Warrick não foi apenas a despedida de Gary Dourdan, mas o mais importante caso investigado pela equipe de CSI e a última oportunidade que tivemos para ver o elenco original reunido em cena. E como bem disse Grissom durante a sua emocionada fala no funeral do colega, eles são mais do que uma equipe, são uma família. Por isso, foi um acerto trazer Jorja Fox para participar do episódio. A forma como o roteiro tratou a investigação do crime também merece destaque. Foi realmente uma homenagem a Warrick o esforço do seus colegas para encontrar seu assassino, apesar do choque e da dor. E mais marcante ainda será a lembrança da angústia de Grissom segurando Warrick em seus braços. 

    Agora nos resta começar a contagem regressiva para a despedida de Petersen e torcer para que dessa transição surja uma nova CSI, com todos aqueles predicados que fizeram da série o sucesso que é.

Comentários rápidos de GREY'S ANATOMY 5X03, PRIVATE PRACTICE 2X02 e THE OFFICE 5X02



Grey's Anatomy 5x03 - Here Comes the Flood

Exibido no dia 9 de outubro nos EUA

Grey's Anatomy ainda é uma das minha séries favoritas, mas é inegável que anda patinando. A impressão que tenho ao longo dos episódios é que aquela conexão entre os médicos que tornavam as histórias tão interessantes se perdeu em parte. Muitas vezes a impressão que fica é a de estarmos vendo uma repetição de situações que freiam a evolução da série. Fora isso, não gostei da história da inundação porque ela soou exagerada demais. Que chefe de hospital cederia ao orgulho para não fazer o que deveria antes de expor seus pacientes a riscos? E sim, ficou óbvio que foi por causa disso que o paciente que se considerava azarado teve sua vida salva, mas ainda assim a coisa toda diminuiu o apelo da história. Mas para não ficar apenas nas críticas, reconheço que a história do apartamento teve um desfecho engraçado já que as reações de Chistina e Izzie foram autênticas. Até mesmo o controverso relacionamento entre Hahn e Callie dá mostras de ter potencial para situações interessantes já que para as duas é um processo de descobertas. E se a insegurança de Meredith continua incomodando, resta a esperança de que a interação com a paciente que tinha câncer tenha lhe dado uma perspectiva sobre seu relacionamento com Derek. Grey's Anatomy ainda não empolgou nessa temporada mas sabemos que potencial para isso não falta, certo?

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    Private Practice 2x02 - Equal & Opposite

    Exibido no dia 8 de outubro nos EUA

    Na contramão de Grey's Anatomy, Private Practice tem mostrado muito mais fôlego nesse início de temporada. Tá certo que a série ainda tem muito o que desenvolver, mas estou gostando bastante das histórias apresentadas até aqui. Com a mudança na direção da clínica, a premissa desse episódio se baseou nos limites éticos e morais que os médicos estavam dispostos a ultrapassar em prol de conseguir mais dinheiro. Esse panorama trouxe questionamentos que ficaram evidentes primeiro em Sam, que inicialmente engoliu seus princípios para atender o desejo de um pai cujo filho estava em estado terminal, e depois na conflituosa relação entre Addison e Naomi que ao conhecerem um casal em busca de ajuda para ter um filho e que na realidade são irmãos (os dois foram frutos de inseminação artificial que coincidentemente vieram do mesmo doador) forçando decisões complexas e até certo pontos inimagináveis e polêmicas. O curioso é que são justamente esses dois casos que apontam o caminho correto a ser seguido na clínica, abrindo espaço para a retomada de um diálogo pessoal e profissional que estava sob risco de se perder. Outro bom episódio e com alguns momentos marcantes e bem emocionantes.


    The Office 5x02 - Business Ethics

    Exibido no dia 9 de outubro nos EUA

    Mais um excepcional episódio de The Office. Michael definitivamente encontrou sua versão feminina em Holly, a simpática loira que ao reunir os funcionários da filial de Scranton para falar sobre ética na empresa (o que foi aquela introdução cantada onde Let's Get Physical de Olivia Newton John virou Let's Get Ethical, hein?! Desde já um dos candidatos a melhor momento do ano nas comédias), acabou descobrindo uma séria, porém curiosíssima situação envolvendo Meredith e uma 'troca de favores' inusitada com um fornecedor que rendia descontos à empresa. Essa situação toda só não foi mais engraçada do que a implicância de Jim com Dwight, que após ter questionado a postura de seus colegas acusando-os de roubar tempo da empresa, passou a ter todas as suas ações não ligadas ao trabalho cronometradas por Jim. Aliás, simplesmente fantástica aquela cena em que o agora noivo oficial de Pam faz comentários absurdos e propositalmente equivocados com Andy sobre Battlestar Galactica na tentativa de provocar uma reação de Dwigth (mega fã daquela série) que nunca veio, mas que ao final do episódio depois de ter se ausentado por mais de 15 min por conta de uns amassos com Angela, admitiu numa boa (e com aquele olhar psicótico e hilário que só ele tem), que talvez ele realmente não fosse um funcionário tão ético assim :p Episódio brilhante e mais uma prova da força que The Office tem de fazer rir com situações que eu e você podemos reconhecer facilmente no dia a dia. Que venha o próximo!

Comentários sobre a estréia de ELEVENTH HOUR


Eleventh Hour 1x01 "Ressurection"

Exibido no dia 9 de outubro nos EUA

Essa poderia ser a série que disputaria com Fringe o título de melhor drama com toques sci fi da temporada, mas analisando apenas o episódio que serviu como piloto, parece que a disputa infelizmente já começa desigual. A nova produção de Jerry Bruckheimer (franquia CSI) é uma tentativa da rede CBS de misturar um gênero que domina, o investigativo, ao de ficção que por sinal, poucas vezes ganhou espaço na grade do canal. Sem dúvida uma boa idéia, não? Eleventh Hour, porém, não é original e é baseada numa série britânica de mesmo nome que teve Patrick Stewart (o Prof. Xavier de X-Men) como protagonista mas que não passou de 4 episódios. A trama gira em torno de Jacob Hood, um consultor científico do governo americano que investiga ao lado da agente Rachel Young, casos estranhos envolvendo uso indevido da ciência. Soa familiar?

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    Se você já assiste Fringe, certamente deve ter notado a semelhança. Porém, faltam a Eleventh Hour alguns elementos que tornam Fringe mais interessante e que na minha opinião, seriam fundamentais para que essa série pudesse ser mais atraente. O primeiro seria explorar um caso realmente diferente e incomum (esse primeiro episódio explora clonagem, um tema já bem batido tanto na tv quanto no cinema) e segundo seria construir um protagonista mais complexo, menos didático e sobretudo mais natural, já que embora não comprometa, o trabalho de Rufus Sewell (Tristão & Isolda) soa artificial demais em certos momentos me desconectando da histótia. Outro ponto que me incomodou nesse episódio de estréia foi a personagem Rachel Young que trabalha com Jacob. Pode ser que eu me engane e a personagem ainda traga algum aspecto interessante à trama ou mesmo à dinâmica entre os dois, mas tenho a leve impressão de que só caberá à ela o papel insosso de ser segurança particular do consultor cientista durante as investigações, o que diminui a força da trama.

    É óbvio que ainda não condenarei a série, muito menos a classificarei como um equívoco absoluto, mas se os próximos episódios não buscarem um caminho diferente e mais original, duvido muito que Eleventh Hour (que já tem 13 episódios programados) tenha chances de sobreviver numa temporada tão competitiva quanto essa. E você que já viu a série, o que achou dela?

    P.S. Eleventh Hour estréia em novembro no Warner Channel

sábado, 11 de outubro de 2008

Comentários rápidos de HOUSE 5x03, PRISON BREAK 4x07 e THE BIG BANG THEORY 2X03


House 5x03 - Adverse Events

Exibido no dia 30 de setembro nos EUA

Para mim o melhor episódio da temporada até aqui. Não vou nem entrar no mérito do caso da semana porque o que realmente vale destacar é a continuidade de House em provocar alguma reação em seus pupilos. A 'vítima' da vez foi Taub, que ao cair como um pato na armadilha cínica de House, acaba forçado a aparentemente confessar um pecado de seu passado à esposa. Esse episódio também deixou ainda mais evidente a falta que Wilson faz a House. E foi justamente por conta disso que ele passa a estabelecer uma amizade diferente através do investigador Lucas Douglas (o ótimo Michael Weston) que ao mostrar interesse por Cuddy descobre um interesse dela por House que é maior do que seu cliente imagina, o que por sinal deve render um triângulo curioso para os próximos episódios. Mas falando ainda sobre a amizade entre House e Lucas, é curioso notar que embora House busque um pouco de Wilson nele, a verdade é que o investigador tem muito mais a ver com o próprio House (atitudes e sarcasmo semelhantes) do que com o oncologista, o que deixa a dinâmica relação entre os dois ainda mais interessante.

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    Prison Break 4x07 - Five The Hard Way

    Exibido no dia 6 de outubro nos EUA

    Mais um excelente episódio de Prison Break cheio de tensão, suspense e ação. E não podia ser diferente com a ida de parte do grupo a Las Vegas emulando um tom meio 11 Homens e um Segredo com direito até à curiosa situação envolvendo Sucre e o alvo que estava com o quinto cartão. Fico curioso agora para saber como irão conseguir o último que dá chave ao segredo de Scyla, já que o chatinho Roland conseguiu perder o dispositivo hacker irritando Lincoln e cia. Foi em Las Vegas também que descobrimos com Sara que o fato de Michael estar sangrando daquela forma pelo nariz é o indicativo de que ele corre um sério risco de vida. E por falar em Michael, ficaram reservadas a ele as melhores partes do episódio. Capturado com Bellick por T-Bag, agora trabalhando para a durona Gretchen (que lhe fez uma 'oferta irrecusável'), Michael precisa decifrar o livro dos pássaros e não demora muito a descobrir que as páginas formam um mapa que na verdade é a planta baixa da instalação ultra-protegida que esconde os segredos de Scyla que podem expor de vez a Companhia. O episódio foi tão bom que até o Don Self apareceu bem, surpreendendo o General ao sair da defesa e partir para o ataque como sugerira Mahone. Essa definitivamente tem sido uma ótima temporada de Prison Break. A lamentar só o fato da audiência não estar correspondendo lá fora.


    The Big Bang Theory 2x03 - The Barbarian Sublimation

    Exibido no dia 6 de outubro nos EUA

    De longe um dos melhores episódios da série até aqui. Ao tirar o foco do romance entre Penny e Leonard e explorar a 'amizade' dela e Sheldon, foi criada uma interação absurdamente engraçada. Com Penny meio deprê (com direito a choro fake, mas não menos hilário) dividindo suas mágoas com Sheldon, o nerd tenta ajudá-la à sua maneira e ao introduzí-la ao mundo dos games online acaba criando um monstro, já que ela passa a viver obcecada a ponto de perseguí-lo seguidamente em busca de dicas. E foi justamente a partir daí que surgiram as situações mais engraçadas. Sheldon acidentalmente marca um encontro com um gay; Leonard ouve um diálogo de duplo sentido entre Penny e Sheldon fazendo-o pensar que os dois estavam dormindo juntos; E finalmente, a situação em que Penny percebe que algo estava errado com ela depois de aceitar ter um encontro online com Wolowitz :p Esse episódio é uma ótima oportunidade para quem não conhece a série de descobrí-la, pois funciona perfeitamente como uma história isolada e para quem já é fã da série, a prova de que The Big Bang Theory é hoje uma comédia sólida e que já encontrou sua sintonia fina.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

CHUCK 2x04: Sneak Peeks com a Participação de Nicole Richie

Preciso confessar, eu a adoro a série Chuck! As histórias são leves e divertidas, os personagens são carismáticos e a trama é interessante. E estou ansiosa para assistir o episódio 2x04 Chuck vs. the Cougars só para conferir a performance de Nicole Richie. Ela vai interpretar uma antiga colega de escola (e adversária) de Sarah que está envolvida com espionagem industrial. A Kristin dos Santos, do E!Online, assistiu o episódio e disse que não só achou o melhor da temporada, como também se surpreendeu positivamente com a participação da Nicole. Curioso? Veja os  6 sneak peeks que a Kristin postou na sua coluna. Chuck vs. the Cougars será exibido dia 20 de outubro, os EUA.

Veja 6 Sneak Peeks

BATTLESTAR GALACTICA: Confira os extras do DVD da 1ª parte da 4ª temporada

Enquanto esperamos pela parte final de Battlestar Galactica que o Sci Fi Channel promete começar a exibir no início de 2009, vamos conhecendo via Tv Shows on DVD o material extra que estará presente no box de 4 DVDs dos 10 primeiros episódios dessa 4ª e última temporada da série que chega às lojas americanas em 6 de janeiro de 2009.

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    No disco 1 por exemplo, veremos as duas versões do filme Razor (tanto a exibida na tv americana com 88 min e a estendida de 101 min) e os seguintes extras:

    - Cenas deletadas
    - O visual de Battlestar Galactica.
    - Meu episódio favorito até agora.
    - Sneak Peek da 4ª temporada
    - Trailer da 4ª temporada
    - Flashback dos minisódios da Razor: (1). Day 4,571 (2). The Hangar (3). Operation Raptor Talon (4). Free Fall (5). The Lab (6). Survivors (7). Escape
    - Comentários para a versão estendida de Razor com o produtor executivo Ronald D. Moore e o roteirista Michael Taylor

    Disco 2:

    - Cenas deletadas
    - Podcast de comentários de Ronald Moore

    Disco 3:

    - Cenas deletadas
    - Vídeo blogs de David Eick
    - Comentários do episódio 4x06 'Faith' com o produtor executivo Ronald D. Moore e o produtor supervisor Bradley Thompson e David Weddle.
    - Comentários do episódio 4x07 'Guess What’s Coming to Dinner' com o produtor executivo Ronald D. Moore e o roteiristas Michael Angeli
    - Podcast de comentários de Ronald Moore.

    Disco 4:

    - Cenas deletadas
    - A Jornada
    - Cylons: Os Doze
    - Temporada 4.5 - A história não contada
    - A música de Battlestar Galactica
    - Comentários do episódio 4x08 'Sine Qua Non' com o produtor executivo Ronald D. Moore e o roteiristas Michael Taylor.
    - Podcast de comentários de Ronald Moore.


    Vale lembrar que todos os DVDs da série lançados lá fora trouxeram extras, o que infelizmente não aconteceu nos lançamentos aqui do Brasil. Sendo assim, nos resta torcer para que a Universal tenha um pouco mais de consideração pelos fãs brasileiros e não limite a caixa apenas aos episódios.

Vídeos Promocionais: CSI 9x02, Supernatural 4x05, Smallville 8x05, Grey's Anatomy 5x04 e Eleventh Hour 1x02

Vídeos promocionais dos próximos episódios, que serão exibidos nos EUA, de CSI (9x02 "The Happy Place"), Supernatural (4x05 "Monster Movie"), Smallville (8x05 "Committed"), Grey's Anatomy (5x04 "Brave New World") e Eleventh Hour (1x02 "Cardiac").

Veja os vídeos!

    CSI

    Supernatural

    Smallville

    Grey's Anatomy

    Eleventh Hour

Comentários de TRUE BLOOD 1x05 - 'Sparks Fly Out'


Exibido no dia 5 de outubro nos EUA

"Você não pode ter medo de tudo que você não conhece neste mundo." A curiosa frase dita pelo vampiro Bill Compton para Sookie logo no início, serviu tanto como um prólogo para a discussão que seria proposta ao longo do episódio sobre a origem do medo e do preconceito provocada pela falta de conhecimento, tanto como um recado indireto para todos (e obviamente me incluo no grupo) que duvidaram precocemente do potencial da série para explorar temas riquíssimos de forma inteligente e criativa. Ainda bem que não desisti de True Blood antes já que se o fizesse fatalmente teria perdido a chance de curtir uma série onde a sutileza do tema explorado a transforma num programa imperdível. E ao dizer isso, com perdão do trocadilho que a série permite, posso afirmar que finalmente fui mordido.

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    É inegável que a série ainda dê umas 'viajadas' em certos momentos e a experiência extra-sensorial, digamos assim, de Jason com o "V" (a droga/sangue dos Vampiros) é um exemplo, mas The Sparks Fly Out, supera e muito qualquer exagero, expondo um estudo elaborado e inteiramente crível para aquele universo onde homens e vampiros dividem espaço. E nisso, o envolvimento ou interesse de Bill por Sookie, ganha novas camadas, pois ao conhecermos seu trágico passado e as circunstâncias que o tornaram um chupador de sangue, passamos a compreender que o que ele sempre buscou durante esses vários anos de solidão, foi uma chance de se reconectar com o que lhe foi tirado à força: o convívio com o mistério da falibilidade humana e toda sua complexidade.

    Mas o que esse episódio realmente deixa mais evidente (pelo menos para mim), é a noção de que True Blood faz uma crítica contundente sobre a natureza do individualismo e da opressão frente o desconhecido. E nisso, creio que não seria nenhum exagero se fizessemos uma analogia entre a dificuldade da minoria (os vampiros) para serem aceitos no meio da maioria (os humanos) com o que acontece hoje no mundo cada vez mais suscetível a esteriotipar religiões ou povos como maus e a isolá-los ou demonizá-los como a série mostra com os vampiros. E sim, há nessa minoria da série alguns que apelam para a maldade para fugir da opressão da mesma forma que árabes radicais por exemplo fazem uso de atentados para tentar calar a influência do poder ocidental. E se a série consegue levantar discussões desse tipo, isso para mim é um sinal claro de que há uma obra que tem muito mais a dizer do que parece.

    True Blood definitivamente não é uma série fácil onde tudo vem mastigado, e admito (de novo) que há de se ter um pouco de paciência no início onde tudo soa obscuro demais e aparentemente sem propósito. Porém, àqueles que persistem, asseguro que a recompensa é boa, afinal, não é todo dia que podemos ver uma série diferente e que ainda consegue criar uma ambientação atraente, misteriosa e que sempre instiga. E se o final desse episódio não te deixar curioso para saber o que vem pela frente, dificilmente algo mais o fará. Allan Ball acertou de novo e bem feito para mim por ter duvidado.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Comentários de TERMINATOR:The Sarah Connor Chronicles 2x04 e 2x05

Episódios exibidos nos EUA nos dias 29 de setembro e 06 de outubro

Acho que dou azar para as séries que eu gosto. Quando anunciaram a estréia  de Terminator: The Sarah Connor Chronicles, achei a idéia péssima. Nunca fui fã da franquia O Exterminador do Futuro e nem lembrava direito da história. Tem certas temáticas que não curto e acabo resistindo antes de ceder à curiosidade. Mas, depois de assistir toda a 1ª temporada, comecei a simpatizar e acompanhar com prazer a saga de John Connor e a sua trupe.  E foi só isso acontecer para a audiência da série despencar e a ameaça de cancelamento surgir.

Comentários sobre os episódios 2x04 e 2x05
    Os primeiros 3 episódios da 2ª temporada não me empolgaram muito. Mas, com a exibição do 2x04 Allison From Palmdale a coisa mudou de figura. Uma aparente falha no software da Cameron fez com que ela perdesse a memória, esquecendo que é um robô vindo do futuro, a família Connor e a sua missão. Durante esse breve espaço de tempo, ela teve flashes e passou a acreditar se chamar Allison. Em seguida, uma seqüência de flashbacks (lembranças do seu passado no futuro?) mostrou que ela é praticamente uma cópia idêntica de uma humana do futuro, a Allison, que lutou junto com a resistência ao lado de  Connor. Aos poucos, conhecemos a história dessa moça e como sua vida desmoronou após o “Juízo Final”, e também que Cameron, de alguma maneira, carrega as suas memórias. Tanto que praticamente viveu e se apresentou como ela durante esse curto período de “amnésia”. 

    Em alguns momentos, juro que pensei que a Cameron fosse, na realidade, uma espécie de  ciborgue, metade humana e metade robô.  Todas aquelas cenas em que ela parece exercer algum tipo de reflexão sobre questões da vida e da morte, da arte e dos sentimentos, colaboraram para que eu imediatamente tivesse essa impressão. Ainda não estou convencida de que essas expressões tão humanas sejam só um reflexo dessas memórias que ela “assimilou” da Allison. É inegável que ela é diferente dos outros robôs.

    E no episódio desta semana 2x05 Goodbye to All That, acompanhamos o esforço de Connor e Derek para proteger um futuro colaborador da resistência, Martin Bedell, que estava sendo procurado por mais um robô assassino vindo do futuro. Enquanto isso, Sarah e Cameron protegiam um garoto também ameaçado, pois  tinha o mesmo nome de Bedell e foi confundido com ele. A história toda girou em torno da questão da amizade e do comprometimento. John Connor está passando por uma fase meio rebelde, se sentindo controlado, já que o seu destino é praticamente traçado pelas mãos dos outros. Mas, Derek fez questão de lembrá-lo que muitas pessoas “deram” a vida por ele (essa coisa do futuro definir as ações do passado me deixa nervosa e confusa). Ou seja, se ele carrega um fardo e tem a dura missão de salvar o mundo, que pelo menos tenha consciência de que só vai conseguir atingir seu objetivo porque outros tantos vão confiar e dar a vida por esse ideal.

    Além disso, tivemos vários momentos entre a exterminadora modelo 1001 e o investigador Ellison. Acredito que a partir de agora, serão explorados com mais intensidade os acontecimentos ligados ao arco central da mitologia da série. Afinal, temos uma exterminadora assassina, que se diz pronta para liderar a humanidade através de sua empresa. E aposto que o tal sistema automatizado que vai começar a funcionar na usina nuclear em 2009 está diretamente relacionado com esse plano e com o futuro que Connor precisa evitar. 

Prepare-se para a estréia da série CRUSOE e veja 14 Sneak Peeks!


Sexta-Feira e Crusoe: você certamente já viu isso antes

Com estréia programada para o próximo dia 17 de outubro nos EUA, a rede NBC tentará com a série Crusoe (inspirada no clássico Robinson Crusoe, de Daniel Defoe), simular uma aventura de época com base em elementos da bem sucedida franquia Piratas do Caribe, no que tange à ação, e até mesmo de Lost, de onde promete pegar emprestado o conceito dos flashbacks, além é claro, de repetir o set onde grande parte da aventura se passa, uma ilha. Com isso em mente, não precisaríamos nem pensar muito para concluir que a série poderia ser minimamente interessante e divertida, certo?

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    Bom, se formos levar em conta o que andam dizendo os jornalistas que já viram o piloto de 2 horas, a série é chata e parece não ter inspiração para criar nenhum elemento efetivamente novo ou atraente à história que já foi contada dezenas de vezes.

    Motivo suficiente para correr da série, então? Para alguns pode até ser que sim, mas como sou curioso e gosto de tirar minhas próprias conclusões é óbvio que irei conferir o piloto. E para quem é curioso como eu, ou quer pelo menos quer ter uma idéia de como será o clima da série, temos esse vídeo com 14(!) sneak peeks do piloto.





E aí, pretende dar uma chance à Crusoe ou vai passar longe?