Episódio exibido dia 27 de outubro nos EUA (NBC)Em comparação com os episódios anteriores, 3x07 "Eris Quod Sum" até que foi interessante, apesar das tolices costumeiras. Como eu já tinha dito no post sobre o episódio 3x05, quando Heroes deixa de lado as viagens no tempo e seus paradoxos inexplicáveis, e se concentra nas disputas de poder, nas tramas conspiratórias e na exploração da origem dos heroes (e conflitos decorrentes), consegue ser mais muito mais interessante e explorar aquilo que a maioria dos telespectadores mais otimistas esperam ver na série.
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Dessa vez, tivemos o retorno da Elle, personagem tão mal aproveitada e com tanto potencial, e também da Maya, que teve seus poderes totalmente absorvidos por Arthur Petrelli, completando assim a sua jornada em Heroes. Agora que ela não tem mais habilidades, não tem motivo nenhum para continuar na série. E esse também deve ser o destino da Elle.
A Pinehearst continua cooptando seguidores, entre eles Mohinder, que se uniu a eles na tentativa de aperfeiçoar a fórmula que concede poderes artificialmente. Parece cada vez mais óbvio que ele não tem nenhuma intenção de voltar a ser uma pessoa normal, nem que isto custe o resto da sua dignidade. Aos poucos, Mohinder vai debandando para o lado dos vilões. Essa busca desenfreada pela fórmula perfeita parece muito mais a realização de uma ambição pessoal, do que o de ajudar pessoas como a Maya. Nem o relato de Peter, que disse que ele se tornaria um monstro, o fez desistir.
Com bem lembrou o Rafael Savastano, da comunidade O Enredo de Heroes me Confunde, apesar de sempre termos considerado Sylar o vilão dos vilões em Heroes, várias vezes tivemos a oportunidade de ver o quanto ele era atormentado pela “fome” inerente ao seu poder, como as cenas do quartinho secreto no seu apartamento e nas mensagens que ele deixava na secretária eletrônica do Dr. Suresh. Nesta temporada, ele conseguiu encontrar um meio para dominar seu lado monstro, ao mesmo tempo em Angela revelou ser sua mãe e que ele tem uma família, ou seja, ele finalmente encontrou o que estava procurando.
Na seqüência que se desenrolou na Pinehearst, Arthur tentou convencer Sylar a se juntar a ele, revelando que Angela tentou matá-lo ainda quando era um bebê, após ter tido uma visão do que ele se tornaria no futuro. Além disso, insinuou que ele estava sendo usado para que o “favorito” dela, Peter, fosse salvo. Que família legal, não? Só gente boa. Mas, a cena em que Sylar joga Peter pela janela deixa uma margem para especularmos que na verdade ele não caiu na conversa do pai e que pretende agir como um "agente duplo". Será?
Outro núcleo que está funcionando bem é o do Parkman com a Daphne. Ele está convencido de que o futuro que viu vai realmente acontecer e está conseguindo influenciá-la. E foi legal ver Parkman usando seu poder com tanta segurança. Está aí uma sub-trama que tem tudo para dar certo e render bons momentos.
Outra dupla que por incrível que pareça está funcionando é Tracy e Nathan. Depois de descobrirmos que os dois adquiriram seus poderes artificialmente, Tracy agora revelou ter trabalhado para a Pinehearst. Por outro lado, temos Nathan irritadíssimo com a história do pai e pronto para a briga. Fica a dúvida sobre a profundidade da relação da Tracy com a Pinehearst. Afinal, ela trabalhou com eles e nunca desconfiou do tipo de pesquisa que eles realizavam? Estranho, não?
Nem vou falar de Hiro e Ando porque não acrescentaram nada de útil ao episódio, para variar. Enfim, um episódio que preparou terreno para o início do embate entre heróis e vilões, algo que eu sempre esperei ver em Heroes. Apesar de não ter expectativa nenhuma de que o desenrolar desse volume seja espetacular, espero que os roteiristas pelo menos aproveitem com dignidade os bons ganchos criados até agora, como a questão dos “heróis artificiais”, a relação de Daphne e Matt, o papel de Sylar como o único com poderes suficientes para bater Arthur e a definição sobre de qual lado ele vai se posicionar, Peter sem nenhuma habilidade, a relação da Tracy com a Pinehearst e o tão esperado encontro/confronto entre Arthur e Angela.
E a outra revelação do episódio, mas que todo mundo deve ter pensado “eu já sabia”, é que Arthur Petrelli está vivo e tem como aliado Maury, pai de Parkman. Isso explica a presença do falecido Linderman, que na verdade é uma ilusão criada por ele para manipular e recrutar os 
