segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fringe - Ep 3x19 “Lysergic Acid Diethylamide”

Episódio exibido no dia 15/4/11 nos EUA

É inegável que a trama de Fringe deu umas escorregadas num determinado momento dessa 3ª temporada, mas entre erros e acertos (muito mais desses, aliás), a estrutura da série provou ser sólida com uma narrativa inventiva e que confirma: a produção mais ousada e empolgante da atualidade é Fringe. Para quem duvida, “Lysergic Acid Diethylamide”, o 19º episódio da temporada, tá aí pra provar.

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    Sem conseguir transferir a consciência de William Bell para outro corpo, e claramente inspirado na ideia central do filme ‘A Origem’ (Inception), o episódio gira em torno da iniciativa do trio Walter, Bell e Peter de entrar (com auxílio de LSD) no subconsciente de Olivia, onde enfim tentariam resgatá-la antes que fosse tarde demais e sua mente se perdesse de forma definitiva.

    Ocorre que no subconsciente de Olivia, boa parte da ação se dá em forma de cartoon, uma saída criativa que os produtores/roteiristas se viram obrigados a usar (Leonard Nimoy, que deu vida a William Bell, está aposentado e só concordou em dublar o personagem) e que acabou proporcionando momentos que seriam impensáveis ou talvez caros demais no formato convencional, mas que funcionaram bem no desenho, tais como um bizarro ataque de zumbis no topo do World Trade Center ou a queda de Walter de um dirigível.

    Mas, o que de mais interessante vimos de toda essa pequena e divertida ‘viagem’ dos três é a certeza de quanto Peter conhece os subterfúgios que Olivia usa para se defender/esconder e do impacto que o desaparecimento definitivo (?) de Bell tem sobre Walter. Sobre isso aliás, vale destacar que o arco envolvendo a consciência de Bell não foi perda de tempo como alguns fãs da série chegaram a sugerir após o episódio. A razão é simples: a retomada do convívio dos dois cientistas durante essa fase ‘Belllivia’ serviu para construir as bases para que Walter encare a complicada tarefa de tentar impedir o fim de seu mundo de forma mais confiante, algo que pode ser percebido no momento do episódio em que Bell diz ao amigo que as decisões que ele tomasse seriam as corretas.

    Fora isso, ficou claro com o desfecho do episódio, que o artiíficio de manter a consciência de Olivia perdida por um tempo, agora serve não só para aproximá-la ainda mais de Peter (que tem fundamental importância no choque dos dois mundos), mas sobretudo para resgatar nela o destemor que perdera em função de traumas de seu passado com um padrasto agressor e as experiências de Jacksonville que ela agora enfrenta. Dessa forma, à medida em que Bell se vai, Olivia retorna à frente das ações para entender que ameaça o cara que vimos em seu subconsciente representa, e para assumir o papel preponderante que terá no arco que encerrará a temporada.

    Em suma, um divertido e movimentado episódio que nos leva a uma pergunta chave: com uma trama tão envolvente e que parece nunca se acomodar com o óbvio ou soluções fáceis, tem como não gostar de Fringe atualmente?

    Outras observações/curiosidades:

    - Walter assobiando ‘Garota de Ipanema’, o clássico de Tom Jobim e Vinícius de Morais, no início do episódio.
    - Peter, já sob efeito do LSD, sugerindo que Broyles pudesse ser um Observador por ser careca.
    - Ainda sobre Broyles, curiosíssimo vê-lo cheio de sorrisos sob o efeito do LSD. Uma postura absolutamente oposta àquela sisuda que o personagem geralmente tem.
    - Uma referência a Lost: William Bell preparando uma dose do MacCutcheon Scotch Whisky, bebida que ficou famosa por ser a preferida de Charles Widmore.
    - A homenagem ao filme ‘A Origem’ foi tão direta que envolveu até os ‘chutes’, artifício usado para trazer a pessoa de volta ao estado consciente.
    - E William Bell, será que foi mesmo ou ainda reaparecerá sob outra forma em outro momento? Aliás, será que precisa?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

The Killing – Nova série do AMC é promessa de bom thriller

Série NOVA – Episódio duplo exibido no dia 3/4/11 nos EUA


É cedo para dizer se o mistério do ‘Quem matou Rosie Larsen?’ terá desdobramentos tão marcantes e surpreendentes quanto os da clássica, e sempre lembrada, Twin Peaks, mas considerando o que o movimentado episódio duplo de estreia de The Killing faz, a possibilidade existe e não deve ser ignorada.

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    Com trama ambientada na soturna Seattle (que com sua chuva aparentemente incessante e tempo fechado funciona como um elemento naturalmente sombrio para a história), The Killing gira em torno do misterioso assassinato de uma garota chamada Rosie Larsen e do impacto que sua morte lança sobre todos que se veem envolvidos nos mais diversos níveis.

    Da detetive que vê seus planos de mudança serem postergados, passando pelos pais da moça que precisam lidar com uma perda brutal e inesperada, ao político que revisita uma experiência parecida (e indiretamente vira alvo da investigação), o roteiro privilegia a perspectiva de cada um frente o ocorrido, apresentando-os com todas as suas dúvidas, dores e até mesmo eventuais dissimulações, sem que nada pareça fora do lugar ou exagerado, como evidencia, por exemplo, a cena (dos pais descobrindo o destino da filha) que encerra a primeira parte do episódio.

    Além disso, é curioso notar que a Rosie que conhecemos através da investigação inicial, surge tanto como uma filha amorosa e apegada à família (notem os detalhes no mural de seu quarto), quanto uma jovem aparentemente ligada a pessoas e situações perigosas que poderiam ou não estar diretamente ligadas à sua morte. Considerando isso, há portanto uma clara contradição entre a garota que seus pais julgavam conhecer e aquela que sua melhor amiga tenta em vão encobrir. Uma curiosidade que, a meu ver, não deve ser vista como irrelevante.

    Como thriller que antes mesmo da estreia já prometia mostrar pessoas sendo obrigadas a encarar fantasmas e segredos, não é exagero considerar quase todos os personagens como suspeitos com uma miríade de motivações. Sendo assim, a chave para que a série se confirme como uma novidade relevante, passa necessariamente pela forma como as hitórias das três frentes envolvidas (investigadores, família e suspeitos) se desenvolverão e se chocarão.

    Apresentando um quebra-cabeças que à princípio instiga pelas perguntas que produz, The Killing inegavelmente surge com a ideia de um thriller envolvente e inteligente. Resta saber se a história da série se sustentará mais pela surpresa de revelações plausíveis ou por reviravoltas exageradas que surpreendem, mas que posteriormente se desmontam pela falta de lógica.

    Por enquanto, The Killing é só mesmo o que o título desse post resume: promessa de um bom thriller. E que pode se tornar ótimo.

    Outras observações:

    - Como apontei, à essa altura quase tudo e todos podem ser suspeitos, mas uma coisa em particular chamou minha atenção: por que o gerente da campanha de Darren se antecipou sugerindo um posicionamento deste frente o ocorrido antes mesmo da revelação da polícia de que Rosie fora encontrada dentro de um carro de seu comitê?
    - Se a detetive Sarah Linden (Mireille Enos) ainda não chama muito atenção, o mesmo não se pode dizer dos pais de Rosie (destaque para Michelle Forbes como a mãe transtornada) e do político Darren que, em escalas distintas, parecem carregar sentimentos de culpa que se catalisam a partir do caso.
    - A pergunta: a morte de Rosie estaria relacionada a crime passional ou teria mais a ver com queima de arquivo encoberta pela tentativa de incriminar alguém? Palpites?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

E o episódio musical de Grey's Anatomy, hein?!

Episódio exibido no dia 31/3/11 nos EUA

Quando a 7ª temporada de Grey’s Anatomy começou, eu andava bem desanimado com a série. A sensação era a de que Shonda Rhimes e seu time tinham esvaziado todo o saco de boas ideias que tinham para a série e se rendido ao marasmo de histórias pouco envolventes e que já não emocionavam mais como em outras temporadas. Mas aí os episódios foram acontecendo, algumas situações e dinâmicas novas tomaram forma (teve até episódio em tom documental) e de repente me vi de novo interessado na série.

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    De certa forma, Grey’s parecia ter voltado aos trilhos com Yang sendo Yang de novo, com boas histórias girando em torno dos testes experimentais do Derek com pacientes de Alzheimer e com os conflitos envolvendo o retorno de Arizona e Callie, grávida de Sloan. Por isso, quando soube que ia rolar um episódio musical da série, bateu um baita receio e achei que dona Shonda tava apelando para pegar carona no sucesso comercial de Glee.

    E vou ser bem honesto. Quando comecei a ver “Song Beneath the Song”, o 18º da temporada, o preconceito por saber que seria um episódio musical acontecendo logo após o gancho envolvendo o acidente de Callie e Arizona me fazia crer que esse seria o pior episódio da história da série. Por isso, quando passaram-se os 42 minutos e a bomba não explodiu, a satisfação da surpresa foi absolutamente positiva.

    Escrito pela própria Shonda Rhimes (que roteiriza praticamente todos os episódios da série), "Song Beneath the Song” não chega a ser espetacular ou perfeito, mas não me resta dúvida de que colocar boa parte das sequências de cantoria do elenco (quase todos* cantaram músicas do Snow Patrol, do The Fray e etc.) sob a perspectiva da Callie Torres, foi inegavelmente uma solução inteligente, afinal, desde os primeiros minutos, já ficava claro que a médica, correndo risco de vida, experimentaria algo marcante e de certa forma inexplicável sob o ponto de vista lógico racional.

    * Dos regulares, os únicos que se abstiveram da cantoria foram o Chief, o Derek e a Cristina. O motivo real eu não sei, mas só consigo imaginar que seus intérpretes devem cantar mal para caramba, ao contrário de Sara Ramirez, que faz a Callie, e deu mostras de que se a carreira de atriz emperrar em algum momento (quase impossível porque ela é ótima), poderá tentar a de cantora sem medo.

    Além de todas as cenas carregadas no drama envolvendo o esforço de toda a equipe para salvar Callie e o bebê (até a Addison deu uma escapadinha de Private Practice para reaparecer em GA), as cheias de tensão entre Arizona e Sloan, aliadas àquela em que uma chorosa Meredith questiona o que ela chama de injustiça/maldade universal que não a permite engravidar, apesar das tentativas, valeram o episódio e essas poucas linhas que escrevo.

    Grey’s Anatomy pode até já não ser mais tão sensacional como antes, mas considerando a regularidade desta temporada e de episódios como esse que fogem do formato convencional, dá para dizer que a turma do Seattle Grace ainda tem lenha para queimar. Ou não?

The Killing: Quem matou Rosie Larsen?


Com um inevitável tom de déjà vu - afinal, quem não pensa em Twin Peaks quando lê a frase do pôster promocional ao lado -, estreia no próximo domingo nos EUA, a mais nova série do AMC (Breaking Bad, Mad Men, The Walking Dead), The Killing. Baseada em uma série dinamarquesa chamada Forbrydelsen, a produção que terá 13 episódios em sua temporada inicial, narra a história do assassinato de uma garota na cidade de Seattle e os desdobramentos da investigação policial.

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    Pela descrição do canal, The Killing amarra três histórias distintas em torno do assassinato. Uma envolve os detetives designados para o caso, outra a família da vítima e, por fim, a dos suspeitos. A trama também vai explorar os bastidores da política de Seattle e dos políticos ligados ao caso. Ainda segundo release do AMC, à medida em que a série se desenvolver ficará cada vez mais claro que não há coincidências ou acidentes e que todo mundo tem um segredo a esconder.

    E aí, parece interessante para você?

    The Killing estreia com episódio duplo no próximo domingo, 3 de abril, nos EUA via AMC.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Radar Dude News – 31/3/2011

Radar de volta e nessa atualização tem o grande clássico da ficção científica, 2001: Uma Odisséia no Espaço; piloto de F1 na continuação da animação da Pixar, Carros; os risos (e as emoções) da atual temporada The Office; o final meia boca do quarto ano de Californication; a confusa renovação de Mad Men e o teaser de um dos ícones da animação dos anos 80, Thundercats!

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    2001: Uma Odisséia no Espaço

    Sendo uma das obras mais reflexivas, inteligentes e importantes da história do cinema, 2001 é um desses filmes que merecem ser revistos sempre. Muito à frente de seu tempo ( o filme é de 68) tanto na estrutura narrativa, quanto na mensagem de cunho existencialista, evolutivo e filosófico, o filme de Kubrick (que escreveu o roteiro em parceria com o autor do romance que inspirou a produção, Arthur C. Clark) é um espetáculo contemplativo. Seja pelos belíssimos planos - a famosa elipse que ocorre nos minutos iniciais é soberba -, pela ótima trilha sonora clássica (que tem destaques óbvios com Assim Falou Zaratustra e Danúbio Azul), o filme oferece uma obra diferenciada de seu gênero tanto na embalagem quanto no conteúdo. Resumindo: um filme indispensável.

    Em tempo, se você nunca assistiu 2001 ou pretende revê-lo, faça-o, se puder, através do Blu-Ray. Nele, a qualidade de imagem impressiona tanto, que quase dá para esquecer que o filme está prestes a completar 43(!) anos. Ah, e para quem gosta de ver filmes sendo explicados, um bom site para entender 2001 é esse.

    Lewis Hamilton em Carros 2

    A continuação da animação da Pixar centrada no mundo dos carros estreia apenas em junho. Da trama, o que já se sabe é que Relâmpago McQueen vai rodar o mundo numa competição cercada de tons de espionagem, conspiração e muitos carros tão rápidos quanto ele. Considerando esse cenário, uma pequena surpresa que foi revelada recentemente é a de que o piloto de F1, Lewis Hamilton, será um dos competidores de McQueen, conforme mostra o vídeo abaixo.



    The Office pra rir e chorar

    É bem verdade que The Office andava capenga em suas temporadas anteriores, mas aí veio a notícia de que o atual sétimo ano da série seria também o último de Steve Carell e pimba, a criatividade dos roteiristas da série ressurgiu das cinzas e os bons episódios com seus risos fáceis também. Jamais duvidei que Michael Scott fosse a alma da série, mas nunca pensei que sua agora inevitável saída pudesse render episódios tão bons quanto os que vem marcando a gradual despedida do personagem. O mais recente, “Garage Sale” (4x18), exibido no dia 24 lá fora, certamente figurará na lista dos melhores da história da série. Engraçado em muitos momentos (com destaque para a sempre eficiente trollagem de Jim com Dwight), o episódio traz uma sequência final surpreendente e que registra um desses raros casos em que vemos um elenco inteiro deixando a atuação de lado para se divertir e se emocionar numa cena. Michael Scott, já estou (estamos?) com saudades!

    O final meia boca da 4ª temporada de Californication

    Na temporada em que o passado recente e irresponsável de Hank Moody colocou-o na berlinda criando situações que renderam alguns bons momentos, Californication encerrou seu quarto ano no último dia 27 com cara de series finale meia boca. Seja pelas resoluções envolvendo os personagens principais ou pela certeza de que há muita verdade naquele ditado popular que diz que um tigre nunca muda suas listras, a verdade é que o desfecho da temporada acabou ficando no meio do caminho entre criar um bom gancho ou dar um rumo definitivo para o incorrigível escritor feito por David Duchovny. Não foi ruim, é verdade, afinal um daqueles momentos bizarros e constrangedoramente engraçados que a série sempre teve ganhou forma na sequência do jantar que marcou a reaproximação de Charlie e Marcy. Contudo, é justo dizer que o desfecho podia ter sido bem melhor. Com uma quinta (e derradeira?) temporada já anunciada, nos resta torcer para que Tom Kapinos, criador da série, consiga renovar o fôlego da produção. Hank Moody e cia merecem e nós também.

    Mad Men voltará, mas e seu criador?

    Essa semana, o AMC confirmou que Mad Men retornará para sua 5ª temporada. A estreia, no entanto, só ocorrerá no início de 2012. Com o atraso, a série ficará fora do ar por mais de 1 ano. A justificativa? Dificuldades na demorada negociação que envolve o canal, a Lionsgate TV (produtora da série) e o criador, Matthew Weiner. Dentre os pontos de discórdia que colocam em cheque o envolvimento de Weiner com o futuro da série que criou, estão o fato do AMC querer reduzir a duração dos episódios em 2 minutos para abrir mais espaço nos intervalos comerciais, além de inserir merchandising sutil dentro dos episódios (a chamada integração de produto) e cortar 2 atores do elenco regular. Detalhe: especula-se que Weiner poderia ganhar incríveis US$ 30 milhões por mais dois anos de contrato. Tá humilde o rapaz, hein?!

    Update: Matthew Weiner chegou a um acordo com o AMC e com a Lionsgate e está confirmado como produtor executivo de Mad Men, por não uma, mas 2 temporadas, a quinta e a sexta, com opção de renovação automática para um eventual sétimo e último ano da série.

    E o remake de Thundercats, hein?

    Com traços claramente inspirados no mangá, o remake de Thundercats, uma das séries animadas mais clássicas da década de 80, continua sendo promovido pelo Cartoon Network, canal que exibirá a nova versão do desenho ainda este ano. Sei que sou minoria, mas particularmente não sou muito fã de mangá, por isso, meu interesse pela reinvenção da história dos felinos meio humanos liderados por Lion tem muito mais a ver com curiosidade do que qualquer outra coisa. E você, animado(a)?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Festa Blo,Go 3!


Se um é pouco e dois é bom, a Blo,Go! vem provar que sua 3ª edição será definitivamente A Melhor! Marca aí no calendário: dia dia 16 de abril no Dynamite Pub com muita animação, gente bonita, drinks especiais e, claro, só música boa.

Agora com apoio do Portal Terra e do Canal de Entretenimento Liv vamos fazer a nossa EPIC EDITION, e você tem que estar lá. Vai vendo o por quê...

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terça-feira, 29 de março de 2011

Fringe – Ep. 3x18 “Bloodline”

Episódio exibido no dia 25/3/11 nos EUA

Tudo bem que a ficção nada mais é que um reflexo romanceado/exagerado da realidade, mas tal qual ocorre aqui, não deixa de ser surpreendente quando vemos um pré-conceito sobre um personagem sendo desconstruído de forma tão absoluta frente uma mudança de perspectiva, algo que esse episódio, da agora renovada Fringe, fez com rara maestria.

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    No excelente “Bloodline”, voltamos para o lado de lá onde BOlivia, grávida de Peter, vive uma experiência traumática e marcante (o que foi aquela emocionante cena dela com Lee dentro da loja, hein?) que, mostrando-a fragilizada por conta do risco de vida que passa a correr, nos permite enxergá-la não mais como a agente fria e calculista que cumpre missões, mas como uma mulher que, disposta a dar a vida para salvar a de seu filho, revela virtudes (e defeitos) que a transformam numa personagem muito mais interessante.

    E se BOlivia passa definitivamente a ser vista de forma diferente – agora devemos realmente nos importar com ela, aliás –, Walternativo dá mais uma mostra de que age tão somente pela ótica do que lhe é conveniente. Sendo assim, ignorar certas regras morais, como não usar crianças para experiências, fazer uso da mentira e da manipulação, são armas das quais ele não abre mão na busca pela chance de se vingar do sequestrador de seu filho e, por tabela, do universo que ele julga ameaçar o seu.

    Contando com direção precisa e um roteiro cheio de pequenas surpresas, como a da crucial reaparição do taxista Henry, por exemplo, “Bloodline” funciona como um empolgante ponta-pé inicial no arco que encerrará a temporada. Das grandes expectativas que surgem, as mais óbvias passam pelo aparentemente inevitável embate dos Walter, do papel que os observadores terão e, claro, de qual será a reação de Peter ao saber que tem um filho do outro lado. Como a reunião disso tudo afetará as decisões dos personagens lá e cá?

    Bom, enquanto a resposta e os próximos episódios não vem (o 19º será exibido no dia 15 de abril lá fora), que tal aquela galera do Emmy anunciar logo que Anna Torv é a ganhadora desse ano, hein?

domingo, 27 de março de 2011

Blu-Rays de 'O Exorcista' e 'Seven' em promoção!


A Amazon acaba de colocar em promoção, 2 BD Books (edições em formato de livro com fotos e detalhes da produção) imperdíveis na coleção de qualquer cinéfilo: 'O Exorcista' e 'Seven', ambos remasterizados e com opção de legendas em pt-br.

O Exorcista vem com 2 discos, contendo tanto a versão de cinema (122 min) quanto a do diretor (132 min), além de belíssimos extras como comentários do diretor William Friedkin, documentários sobre a produção do filme e muito mais. Seven, por sua vez, tem em seu material extra, cenas extendidas, final alternativo, faixas de comentários com o diretor David Fincher , com os atores Brad Pitt e Morgan Freeman e etc.

BD Book O Exorcista R$31,52 | BD Book Seven R$31,52



Custo de frete para apenas um deles: R$13,25. Para os dois: R$18,21

sábado, 26 de março de 2011

‘Lights Out’: uma grande série que merece ser vista

No mês que marcou a renovação de séries que sofrem com a audiência, como Community* e Fringe, a novata, e não menos excelente, “Lights Out’ não teve a mesma sorte e acabou sendo cancelada. Dessa forma, mesmo recebendo muitas críticas positivas ao longo da temporada, a série sobre um boxeador que decide voltar ao ringues após 5 anos vai mesmo encerrar sua história no 13º episódio (11 já foram exibidos pelo FX americano).

Mesclando bons conflitos num drama familiar com esporte e máfia, Lights Out tem em seus fortes personagens capitaneados pelo protagonista Patrick ‘Lights’ Leary (Holt McCallany), sua principal base de sustentação no desenvolvimento de uma trama que envolve sobretudo pelas empolgantes reviravoltas.

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    Quando a série começa, Lights é um ex-campeão ainda reconhecido e com família estável, mas que convivendo com a certeza de ter parado de lutar antes do tempo e enfrentando problemas financeiros (seu atabalhoado irmão, Johnny, pôs toda a fortuna acumulada nos ringues a perder em investimentos mal sucedidos), tenta se equilibrar como sócio de seu pai numa academia decadente.

    Tentado a voltar aos ringues cinco anos depois de uma disputa de título que terminou de forma controversa com Death Row Reynolds, Lights, contudo, enfrenta a severa resistência da esposa, Theresa, a quem havia prometido se aposentar definitivamente.

    Com o dinheiro curto ameaçando o futuro de suas 3 filhas, além das conquistas materiais que fizera na carreira, Lights então acaba se envolvendo com um mafioso local, para quem faz um serviço cobrando dívidas.

    Dali em diante, problemas com a polícia; uma tentativa de fazer um novo campeão; uma sangrenta briga com um lutador de MMA (pra pagar uma dívida do irmão), o retorno ao boxe, um treinandor novo e uma complicada preparação para a esperada e promovidíssima revanche de Lights contra Reynolds.

    Ignorada pelo público americano (que nocauteou a chance continuidade da série), ‘Lights Out’ é uma dessas gratas surpresas que mesmo terminando prematuramente, merece ser descoberta por quem procura bons dramas. Aqui a idéia é uma só: mais vale uma única temporada excelente do que várias razoáveis.

    * Ainda que o post não seja sobre Community, como a citei vale um registro. Com um início irregular, mas que teve lampejos de genialidade, só fui fisgado pela série já na parte final de sua 1ª temporada. Desde sempre com problemas na audiência, mas alheia aos números, a série cresceu muito na qualidade e ganhou apoio da NBC, que tem hoje a comédia com humor mais refinado e inteligente do gênero. Se ainda não a acompanha, começe já!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Fringe é renovada para 4ª temporada!

É para abrir o sorrisão mesmo, Anna Torv, porque a espera acabou! Com um tweet curto, mas bem objetivo, Joel Wyman, um dos produtores executivos de Fringe, confirmou na noite dessa quinta-feira, 24, que a série foi RENOVADA pela Fox e terá quarta temporada!

Sofrendo com audiências baixas durante todo terceiro ano, as chances não eram lá muito boas, mas parece que o planejamento dos produtores aliado às boas críticas que a série vem recebendo, foram suficientes para convencer os executivos da Fox a darem mais uma chance à Fringe. Portanto, se você é como eu e realmente aprecia tv de qualidade com séries que ousam sair do lugar comum, comemore! O #SaveFringe deu certo \o/

Atualização: A boa notícia veio com bônus! Fringe não só foi renovada, mas já tem garantida a produção de 22 episódios para a próxima temporada. Geralmente, quando uma série é renovada, apenas 13 episódios (ou menos) são encomendados, com o restante ganhando sinal verde mais tarde dependendo da audiência. Com Fringe, essa etapa foi antecipada. Como já mencionei acima, parece que o pessoal da Fox está realmente confiante. Decisão esperta deles, sorte a nossa.